A TIM acredita que o desempenho de suas ações no mercado não corresponde com a realidade da companhia. Grande parte do evento promovido nesta terça-feira, 15, pela operadora em Nova York foi para mostrar aos investidores que, apesar da crise no Brasil, a empresa tem disposição, flexibilidade e segurança no mercado. Ela tem como objetivo melhorar a margem com operação mais eficiente, com foco no pós-pago e investimentos de R$ 1 bilhão em três anos (até 2017) para aumentar a capacidade para dados, indicando a pré-disposição da empresa em se comprometer com o cenário de médio a longo prazo.
"Acreditamos firmemente que todos esse trabalho que temos feito, com todos os resultados, não tem refletido em nosso preço de ação", declarou o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, na conferência nos Estados Unidos. "Achamos que estamos ao menos 30% menores (em valor) do que deveríamos", disse, comparando com outras empresas que não chegaram a ser nomeadas.
Abreu reconheceu o cenário macroeconômico desafiador, prevendo que 2016 ainda será um ano difícil, mas ele acredita que haverá queda na inflação. Por conta disso, espera que o consumo possa ser normalizado e, com isso, haja um aumento ainda maior na demanda de dados.
Sem necessidade
Os desafios não significam necessariamente que a TIM esteja de volta ao centro dos rumores de consolidação. Abreu voltou a afirmar que essa não é uma meta para a operadora. "Para nós, as condições no mercado não mudaram, mas sim o nível de especulação. Achamos que temos oportunidades no curto e médio prazo." Não significa que a operadora esteja fechada a oportunidades. "Temos um plano que é possível (de implantar), não somos dependentes da consolidação. O mercado pode ter condições que se mostrem interessantes, mas há diferença entre ser agressivamente contra e ter uma posição, sem dependência, de podermos optar", declara.
Rodrigo Abreu ainda ofereceu uma leitura de mercado em relação à possibilidade de entrada da norte-americana AT&T no setor para além do que já oferece com a Sky. "A posição de DTH não vai se sustentar em longo prazo. Ou eles fazem algo fora do DTH ao adicionar banda larga, ou consideram vender a operação", opina.