Os futuros leilões de frequências para a quinta geração (5G) de telefonia celular dificilmente atrairão novas operadoras para o Brasil. É o que acreditam especialistas que participaram de painel organizado pelo 5G Americas nesta segunda-feira, 15, na Futurecom, em São Paulo.

Eduardo Tude, presidente do Teleco, lembrou que a competição já é acirrada, especialmente na telefonia móvel pessoal, haja vista as dificuldades enfrentadas pela Nextel e o recente fechamento da Porto Seguro Conecta. Se aparecer algum novo player seria para soluções específicas de Internet das Coisas (IoT).

Por sua vez, Arivaldo Lopes, analista principal da Ovum, entende que talvez faça sentido surgir algum player novo de IoT em 5G, mas atuando como operadora virtual (MVNO), ou seja, alugando rede de terceiros. Lopes aposta que os leilões terão caráter arrecadatório, por causa da situação de déficit fiscal enfrentada pelo governo federal.

Lopes projeta que as teles que arrematarem frequências de 5G podem até lançar redes exclusivas, com propósitos de marketing, mas não vão demorar a optar pelo compartilhamento da infraestrutura com as rivais, porque há uma pressão grande por redução de custos da parte de acionistas das teles que atuam no Brasil.

Renato Pasquini, diretor da Frost & Sullivan, assim como os demais painelistas, entende que o 5G será uma oportunidade para as operadoras agregarem mais valor às suas soluções, em vez de serem meros canos para tráfego de dados. Lopes, porém, ressalta que as teles precisam se preparar melhor para exercer esse papel.

Frequências

A Anatel está avaliando alocar para o 5G as seguintes faixas de espectro: 1,5 GHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz; 26 GHz; e 40 GHz.

 

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