A Ericsson terminou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro líquido de 4 bilhões de coroas suecas (US$ 394 milhões na conversão do final de setembro) ante um prejuízo de 30,5 bilhões de coroas suecas (US$ 3 bilhões) de um ano antes.
Segundo Börje Ekholm, CEO e presidente da companhia, o resultado é decorrente do foco na estratégia, além de aumento gradual das vendas de equipamentos de rede na América do Norte e um novo acordo de licenciamento que rendeu ao segmento de patentes 3,5 bilhões de coroas suecas (US$ 345 milhões). Com isso, a vertical registrou aumento de 25% contra 2,8 bilhões (US$ 276 milhões) do mesmo período em 2023.
Ainda assim, a receita de vendas teve uma queda de 4% com 62 bilhões de coroas suecas (US$ 6 bilhões), ante 64,5 bilhões de coroas suecas (US$ 6,3 bilhões) do terceiro trimestre de 2023. A receita da divisão de redes móveis respondeu por 40 bilhões de coroas suecas (US$ 4 bilhões), um recuo de 4% contra 41,5 bilhões de coroas suecas (US$ 4,1 bilhões) ano contra ano, devido à queda nas vendas globais, exceto na América do Norte.
Igualmente com declínio de 4% está a divisão de nuvem e serviços, com 15 bilhões de coroas suecas (US$ 1,4 bilhão) contra 15,6 bilhões de coroas suecas (US$ 1,5 bilhão) no terceiro trimestre em 2023, com queda nas comercializações na África. E a área de enterprise (empresas) registrou queda de 5% com 6,3 bilhões de coroas suecas (US$ 621 milhões), ante 6,7 bilhões de coroas suecas (US$ 6,6 bilhões) de um ano antes por focar em mercados mais lucrativos para a empresa.
Ericsson por região e futuro
A receita da América do Norte cresceu 51%, de 13,5 bilhões (US$ 1,3 bilhão) para 20,4 bilhões de coroas suecas (US$ 2 bilhões). Mas todas as outras regiões registraram queda no terceiro trimestre de 2024:
- Europa e América Latina recuaram 2%, de 15,5 bilhões (US$ 1,5 bilhão) para 15,2 bilhões de coroas suecas (US$ 1,4 bilhão), por conta da competição e um investimento menor dos clientes;
- Oriente Médio e África contabilizaram queda de 24%, de 6,5 bilhões (US$ 640 milhões) para 5 bilhões de coroas suecas (US$ 492 milhões), em um movimento de menor investimento e impactos macroeconômicos;
- Nordeste da Ásia caiu 31%, de 5,4 bilhões (US$ 532 milhões) para 3,7 bilhões de coroas suecas (US$ 364 milhões), após recuo de investimentos dos clientes da Ericsson;
- Sudeste Asiático, Oceania e Índia tiveram recuo de 44%, de 13,8 bilhões (US$ 1,3 bilhão) para 7,7 bilhões de coroas suecas (US$ 759 milhões), após normalização dos investimentos pelas operadoras indianas.
O CEO da Ericsson explicou em carta aos acionistas que espera por uma estabilização das vendas em redes no quarto trimestre, devido ao bom momento das vendas na América do Norte. Espera ainda por uma pressão na divisão de empresa (enterprise) pela busca de lucratividade nos segmentos e reforça que as redes privativas seguem como prioridade-chave.
Imagem principal: CEO da Ericsson, Börje Ekholm (divulgação)