A presidente da Feninfra, Vivien Suruagy (Divulgação: Feninfra)
A Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra) entregou uma carta ao conselheiro da Anatel, Arthur Coimbra, pedindo, mais uma vez, a exclusão do número 0303, código telefônico que deixa claro ao consumidor quando a ligação é de um telemarketing ativo. Em outra ocasião, a entidade fez uma ação contra o regulador no Supremo Tribunal Federal (STF).
A mensagem da representação das centrais de atendimento também foi endereçada ao presidente da agência, Carlos Baigorri, e afirma que houve uma redução de 40 mil postos de trabalho e queda de 30% no faturamento das companhias desde a obrigatoriedade do código. No futuro, a federação estima que 150 mil empregos podem desaparecer; antes a estimativa era de 300 mil.
Vivien Suruagy, presidente da Feninfra, reconhece que é preciso combater o “disparo massivo de ligações curtas e repetidas” ao mesmo destinatário, mas vê “excesso” nas medidas da Anatel e pede um “reequilíbrio entre a regulação setorial em benefício do consumidor e do uso eficiente dos recursos de numeração”. Também pediu a exclusão do prefixo 0304 para chamadas de cobrança por crer que inviabiliza este setor.
A carta ainda sugere à agência reguladora a criação do cadastro único dos recursos de numeração e a ampliação do período de disponibilização do atendimento humano, na primeira página da URA para 24 horas por dia.
Vale lembrar, o 0303 foi criado em dezembro do ano passado e entrou em vigor em junho deste ano, após o Não Perturbe da Anatel não entregar o resultado esperado.
