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Ilustração: La Mandarina Dibujos

O Revolut (Android, iOS), segundo banco digital mais valioso do mundo depois do Nubank (Android, iOS) e que anunciou entrada no Brasil em março de 2022, está montando uma equipe para monitorar o comportamento de seus colaboradores no ambiente de trabalho. A medida vem após anos de críticas sobre uma cultura corporativa agressiva.

A nova divisão, que contará com especialistas em psicologia e ciência do comportamento, atuará para garantir que os colaboradores estão sendo “acessíveis” e “respeitosos”. Ela faz parte de um pacote de medidas que será anunciado na próxima sexta-feira, 20, para encorajar uma abordagem mais “humana” no ambiente de trabalho, de acordo com o The Guardian. Uma equipe chamada “CultureLab”, composta também por analistas de dados, será focada em avaliar se os funcionários estão aderindo aos novos padrões.

Uma reunião com toda a companhia será liderada por seu fundador e CEO, Nik Storonsky, ex-banqueiro da Lehman Brothers. Os funcionários serão informados de que precisam ser “inclusivos, acessíveis” e “respeitosos em todos os momentos”, além de usar o “melhor tom de voz, tempo e situação para fornecer feedback”, seguindo uma nova lista de “comportamentos baseados em valores”. 

A empresa informou que reformulará as avaliações de desempenho para gerentes seniores, exigindo reuniões individuais entre gerentes e funcionários, com foco nos novos valores, além de avaliar melhor a adequação de novas contratações à cultura da companhia. A Revolut disse que também está lançando um novo programa de reconhecimento e recompensa, focado no comportamento da equipe e nos resultados do trabalho.

Com avaliação mais recente de US$ 33 bilhões, em 2021, a fintech britânica esteve envolvida em controvérsias, desde a sua fundação, em 2015. Funcionários e ex-funcionários da companhia afirmam que eram impostas metas inalcançáveis em nome do crescimento da startup, forçados a realizar trabalho não remunerado e pressionados ao ponto de precisarem se demitir.

Problemas com a cultura corporativa, assim como um alto turnover, foram relatados por membros do conselho ao CEO. Eles tentam convencer a Financial Conduct Authority, órgão regulador financeiro do Reino Unido, a aprovar a licença da Revolut para operar como um banco no país, expandindo sua gama de produtos e serviços.

Conheça

O banco digital foi lançado oferecendo com produto principal um cartão pré-pago com câmbio gratuito. Desde então, expandiu para 37 países, com uma equipe de 6 mil pessoas e 25 milhões de clientes. Atualmente, a fintech também oferece outros serviços, como compra e venda de criptomoedas e buy now, pay later (BNPL). Apesar de ter anunciado sua entrada no Brasil em março de 2022, a companhia britânica ainda não começou a operar no País. Por aqui, o neobanco está com lista de espera para um futuro serviço de conta global, com IOF a 1,1%.

 

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