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Ilustração: La Mandarina Dibujos

Após 18 meses de suspensão na China, o app de transporte de passageiros chinês DiDi (Android, iOS), cujo grupo é dono do 99 (Android, iOS), voltou a registrar novos usuários no país, nesta segunda-feira, 16. Autoridades chinesas removeram o app de lojas de aplicativos do país, em junho de 2021, afirmando que a plataforma coletava dados de usuários ilegalmente. Chineses ainda podiam usar o app, caso já o tivessem instalado no smartphone.

O revés veio após a companhia abrir o capital em Nova York, também em junho de 2021, arrecadando US$ 4 bilhões em sua IPO. O governo chinês alegava que dados de milhões de cidadãos chineses, usuários do app, estavam expostos, o que levou a uma investigação do órgão regulador chinês de segurança cibernética.

A plataforma foi multada em 8 bilhões de yuans (R$ 6,1 bilhões, na cotação atual) pelas autoridades chinesas, em julho de 2022, por conta de quebras nas leis de segurança de dados da China. Eventualmente, em maio de 2022, acionistas da companhia votaram por sua retirada da bolsa de valores americana. A intenção é entrar na Bolsa de Valores de Hong Kong, futuramente.

“Por mais de um ano, nossa empresa cooperou seriamente com a investigação de cibersegurança do país, lidou seriamente com os problemas de segurança encontrados e realizou uma revisão abrangente”, afirmou a companhia, em comunicado, nesta segunda-feira, 16. O órgão regulador chinês investigou as práticas da DiDi no tratamento de dados e proteção de informações pessoais.

A DiDi se comprometeu a ser mais cautelosa, no futuro, no que diz respeito ao tratamento de dados de cidadãos chineses. “A empresa tomará medidas efetivas para garantir a segurança da infraestrutura da plataforma e do big data, a fim de salvaguardar a segurança cibernética nacional”, escreveu.

A retomada da DiDi – um dos principais apps de transporte da China, que opera também em outros países – sinaliza uma mudança de postura do governo chinês, que vem aplicando medidas duras contra plataformas de tecnologia nos últimos anos. Na semana passada, o presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China, Guo Shuqing, afirmou à mídia estatal que os esforços para “regularizar os negócios financeiros de 14 empresas de plataforma” já haviam “basicamente terminado”.

 

 

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