A TIM vai investir cerca de R$ 14 bilhões entre 2016 e 2018 no Brasil, segundo informou a companhia em divulgação do plano industrial para o triênio nesta terça-feira, 16, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor está em linha com o divulgado em setembro do ano passado para o triênio 2015-2017, de R$ 14 bilhões, embora o CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, tenha dito em outubro que o grupo iria investir mais no Brasil em 2016, "apostando" no País.

Vale lembrar que somente em 2015, a operadora investiu um total de R$ 4,66 bilhões, 18% a mais do que em 2014. Em comunicado da controladora italiana, o grupo afirma que o foco desse investimento na brasileira será no desenvolvimento de infraestrutura de rede.

No plano industrial, a TIM também reafirma que planeja neste ano a mudança na participação de dados para ser a principal fonte da empresa, conforme antecipado pelo presidente Rodrigo Abreu no começo do mês. No último resultado financeiro, as receitas com SVA aumentaram 17%, para R$ 7,7 bilhões, o que já representava 38% da receita líquida com serviços.

Há ainda uma expectativa de expansão da margem EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em todos anos no triênio. Espera ainda uma economia de custos de mais de R$ 1 bilhão entre 2015 e 2017, mantendo a expectativa do plano anterior. No balanço referente ao ano passado, a operadora afirmou já ter conseguido cumprir 35% da meta.

Matriz italiana

A controladora Telecom Italia, por seu lado, espera investimentos locais de 12 bilhões de euros, dos quais 6,7 bilhões dedicados a tecnologias e inovação, como redes de próxima geração (NGN), LTE, cloud e a transição da operadora para uma companhia de "telecomunicações e plataformas digitais". Somente para o 4G, espera 1,2 bilhão de euros de investimento, enquanto a fibra receberá 3,6 bilhões de euros. Para a divisão de infraestutura Sparkle, planeja 400 milhões de euros.

A TIM Itália planeja também com isso chegar a 84% de cobertura da população com fibra ótica e 98% com LTE até o final de 2018. A operadora europeia pretende chegar a 70% da base com 4G nesse período, incluindo o uso do LTE-Advanced em oito cidades.

Planeja para o mercado doméstico uma estabilização do EBTIDA em 2016, com crescimento nos dois anos seguintes. A relação de dívida líquida/EBITDA é esperada para abaixo de 3x em 2018. A Telecom Italia ressalta que "futuras oportunidades" serão identificadas para aumentar as metas e melhorar a eficiência econômica, o que incluirá "redução adicional em custos operacionais".

 

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