Em conferência com investidores, nesta quinta-feira, 16, Christian Gebara, CEO da Vivo (Android, iOS) , disse que a companhia continuará a aumentar os preços dos planos móveis, assim como o fez em 2022. Naquele ano, todos os planos pós-pagos individuais de entrada tiveram incremento, assim como os planos familiares. Em 2023, tanto os planos de entrada pré-pagos quanto pós-pagos aumentarão. Em janeiro deste ano, o plano de entrada híbrido já saltou de R$ 51 para R$ 57.
“Esse foi um aumento importante. Quando comparamos com as outras [operadoras], estamos acima em preço e também no que oferecemos para esse preço. Portanto, eu acho que é um comportamento normal, que nós esperamos que seja inclusive seguido pelas outras, porque nós estamos devolvendo o que a taxa de inflação nos trouxe e devolvendo para o cliente o benefício que eles tiveram com a redução do ICMS. Estamos colocando o mercado em um price point diferente”, disse Gebara.
O CEO acredita que o preço do pré-pago já está no mesmo patamar há muitos anos. Agora, dado o benefício da redução do ICMS, “com mais dados sendo oferecidos para os clientes”, a Vivo pretende aumentar o preço do pré-pago, principalmente depois do incremento do preço do plano híbrido. “Se não fizermos isso no pré-pago, vai ser difícil continuar com a estratégia que até agora foi bem-sucedida, de migrar os pré-pagos para o híbrido”, afirmou.
Aumento da base móvel
A Vivo terminou 2022 adicionando 14 milhões de clientes à sua base móvel. A operadora alcançou 98 milhões de clientes, um aumento de 16,8% em comparação com 2021, quando tinha 83,8 milhões. Atualmente, 18% dos smartphones da sua base acessam o 5G, cuja rede continuará a ser expandida nas cidades em que já está, além de novos municípios.
Mesmo com a desconexão de 3,4 milhões de linhas inativas da aquisição da Oi Móvel, das quais 339 mil foram eliminadas no quarto trimestre de 2022, a operadora registrou crescimento em todos os tipos de plano – pré-pago, pós-pago e híbrido. “Provavelmente foi o melhor ano da nossa história recente em relação à evolução da nossa base de clientes”, disse o CEO da Vivo, Christian Gebara, sobre os resultados de 2022, em conferência com investidores, nesta quinta-feira, 16.
A base pós-paga foi a que cresceu em ritmo mais acelerado, com aumento de 18,2% ano contra ano. “Com a migração de usuários pré-pagos para planos híbridos, que continua sendo muito bem-sucedida, os níveis de churn [em pós-pago] permanecem os mais baixos da nossa história, 1,05%”, afirmou. Na visão de Gebara, a Vivo é líder em portabilidade de linhas pós-pagas, pois possui a melhor proposta do mercado.
A Vivo encerrou o ano com market share de 38,9%, um aumento de quase um ponto percentual desde abril, o primeiro mês em que a Anatel registrou a consolidação dos acessos da Oi dentro da base de compradores. “O fato de sermos o único player capaz de fornecer 5G com fibra em uma oferta única e em base nacional é um dos nossos principais diferenciais e nos permite continuar melhorando nossa performance operacional e reduzindo s nosso churn em pós-pago e em fibra”, analisou.
5G
O CEO afirmou que 18% dos smartphones de clientes de Vivo estão habilitados para o 5G. Ele também disse que a operadora está à frente da obrigação estipulada no leilão do 5G. Além das 27 capitais, a Vivo está em outras 26 cidades com mais de 500 mil habitantes. “Vamos continuar implementando a rede onde nós identificarmos que temos uma base de clientes que vão precisar de conexão 5G. Vai ser como fizemos no passado: vamos usar big data para sermos bastante precisos nessas decisões de onde investir nosso capex”, contou. A expansão continuará nas cidades em que o 5G já está ativado e em novas cidades, para além do que foi exigido no leilão.