As transações em cartões (de crédito, débito e pré-pago) chegaram a R$ 3,3 trilhões em 2022 no Brasil, um aumento de 24,5% ante 2021. Mesmo com cenário “desafiador” com alta da inflação e menor poder aquisitivo, o presidente da Abecs, Rogério Panca, explicou que o investimento constante na “digitalização dos pagamentos” contribuiu para a expansão.
Dentro desses R$ 3,3 trilhões, o cartão de crédito representa R$ 2,1 trilhões, um crescimento de 24% ano contra ano. Por sua vez, o cartão de débito registrou R$ 992,5 bilhões em transações, alta de 7,4%. E o cartão pré-pago atingiu R$ 227,5 bilhões.
O tíquete médio ficou em R$ 114,8 no cartão de crédito; R$ 64,4, no débito; e R$ 40,2, no pré-pago.
Para 2023, a Abecs prevê que o valor transacionado em cartões subirá entre 14% e 18%, totalizando algo entre R$ 3,8 trilhões e R$ 3,9 trilhões. O executivo explicou a margem alegando que não há um consenso geral do mercado financeiro sobre a estratégia de crédito. Parte dos bancos deve usar uma tática acelerada de liberação de linhas de crédito, busca de novos clientes e mais emissões de cartões; e outra parcela dos emissores deve agir de forma mais restritiva.
Quantidade de operações
Em quantidade de transações, as associadas da Abecs contabilizaram 39,3 bilhões no ano passado, incremento de 26,5%. Panca relatou que isso equivale a “uma média de 107 milhões de pagamentos por dia”, o que mostra que o volume “segue crescendo” no consumo das famílias brasileiras.
No volume de operações, o crédito representa 47% do total, com 18,2 bilhões de transações, alta de 24% no ano a ano. O cartão de débito registrou 15,5 bilhões e o cartão pré-pago 5,6 bilhões, o dobro ante 2021.
O presidente da associação de meios de pagamentos eletrônicos destacou que embora o débito tenha um crescimento menor em relação ao crédito, em muitos casos é preciso somar o débito com o pré-pago dentro das fintechs (bancos e carteiras digitais) que não possuem a opção de cartão de débito e ofertam o pré-pago a seus clientes.