O Brasil é o país que mais recebe ataques de phishing no mundo pelo WhatsApp. No ano passado, foram mais de 76 mil tentativas de fraudes registradas segundo o relatório “Spam e phishing em 2022”, da Kaspersky. A pesquisa também revela que o Brasil é o quarto a sofrer o mesmo tipo de fraude por e-mail.
O relatório mostra ainda que, em 2022, houve um aumento na distribuição de mensagens maliciosas por meio de apps de mensagem, sendo a maioria delas no WhatsApp (82,71%), Telegram (14,12%) e Viber (3,17%). O Brasil é líder no ranking de ataques de phishing no WhatsApp, com mais de 76 mil bloqueios, e o segundo colocado no Telegram, atrás apenas da Rússia.
O sistema antiphishing da Kaspersky detectou e bloqueou globalmente aproximadamente 508 milhões de tentativas de acesso a conteúdo fraudulento, sendo 10,57% deles apenas no Brasil. O número global representa o dobro de ataques frustrados em 2021. A técnica mais utilizada foi a engenharia social com a criação de páginas web idênticas aos sites originais, que coletam dados das vítimas ou estimulam a transferência de dinheiro para fraudadores.
Os usuários de serviços de entrega de encomendas foram os mais visados pelos golpistas de phishing, com 27,38% de todos os bloqueios contabilizados. Na prática, costuma acontecer da seguinte maneira: os fraudadores enviam e-mails que simulam ser de empresas de entrega conhecidas e dizem haver problemas com uma entrega. Na mensagem, um link transfere o usuário para um site falso e lá são pedidos dados pessoais ou financeiros.
Caso a vítima caia no golpe, há uma enorme chance de perder dinheiro, acesso à conta ou até mesmo sua identidade e credenciais bancárias, que podem ser vendidas na Dark Web. Outros alvos populares de ataques de phishing incluem lojas virtuais (15,56%), sistemas de pagamento (10,39%) e bancos (10,39%).