Uma nova categoria de acessórios conectados a redes móveis está ganhando destaque no mercado mundial: os "smart watches", ou relógios conectados, em uma tradução livre. Diante do burburinho em torno do plano da Apple de lançar um modelo chamado iWatch, essa categoria ganhou os holofotes, a ponto de a ABI Research decidir fazer um relatório só sobre esse tipo de acessório. A empresa projeta que 1,2 milhão de relógios conectados serão enviados ao varejo mundial este ano.
A ABI divide o produto em quatro tipos: aqueles de notificação, os operados por voz, os híbridos e os independentes. Os relógios de notificação são meros acessórios de smartphones, conectados via Bluetooth, e alertam em sua tela quando chegam mensagens e chamadas ao telefone do usuário. Dois exemplos citados são MetaWatch e Cookoo. Os operados por voz, como o próprio nome sugere, permitem controlar o smartphone por meio de comandos de voz falados ao relógio. Novamente, a conexão móvel é feita pelo celular, não pelo relógio. Os ditos independentes são aqueles que não precisam de um smartphone para a conexão à rede celular, ou seja, o próprio relógio é um smartphone. É o caso do italiano I´m Watch. E talvez venha a ser o caso do iWatch da Apple e do Galaxy Altius, da Samsung. Os híbridos são modelos que operam de maneira dependente e independente aos smartphones.
Os analistas da ABI ponderam que existem relógios conectados no mercado há muito tempo mas que nunca fizeram grande sucesso. A mudança agora se deve ao barateamento de sensores e à evolução da conexão sem fio com baixo consumo de energia, via Bluetooth 4.0.