Na quarta e última matéria da série sobre as próximas etapas do marketing mobile, nós abordamos a mobilidade. Como fica o uso de tecnologias móveis dentro do mercado publicitário, seja dentro das agências e empresas, ou em peças que chegam ao consumidor final. Em seu relatório, a Mobile Marketing Association (MMA) afirmou que as soluções tecnológicas estão levando o ecossistema de mídia mobile a uma “nova era”, em um momento mais disruptivo da história dos negócios: “Mais do que sacudir a comunicação, trazendo às marcas um conjunto diverso de oportunidades, todas essas inovações já estão prontas para colocar de pé sua própria transformação do negócio”.
Léo Xavier, CEO e cofundador da Pontomobi, lembrou que o posicionamento do mercado muda graças ao comportamento do consumidor. Durante uma rodada de conversas sobre o tema na Oath, Xavier citou uma pesquisa recente do Global Mobile Report: 73% dos minutos on-line dos brasileiros são através de dispositivos móveis.
“As agências são obrigadas a pensar na lógica de conteúdo. E o formato é o novo conteúdo. Grande parte da audiência brasileira é mobile hoje”, disse o CEO da Pontomobi. “Portanto, falta lógica e compreensão do contexto. Já aconteceu a mudança para o mobile, mas talvez não tenha sido compreendida.”
Mobilidade: básico como água
“As pessoas vão ter o celular como necessidade básica, como a água e a eletricidade”, prevê Thiago Bordignon, analista de DSP da Oath. “Hoje, nós precisamos encontrar a pessoa por sistema operacional, modelo de celular, local, operadora e rede. Isso para entender o cliente, pois o celular como device representa o ‘eu”.
O discurso de Bordignon coincidiu com a ideia de Alberto Pardo, CEO da Adsmovil. O executivo explicou para Mobile Time que os geradores de conteúdo estão percebendo que vale mais criar um app do que um web app, já que o aplicativo permite ao gestor de conteúdo ter as informações que o especialista da Oath defende que ele precisa ter.
Rafael Magdalena, COO e cofundador da MUV que também esteve na Oath, alertou que, embora tenha inovações no universo do mobile, os especialistas de marketing não devem esperar um “grande salto” de tecnologia, mas trabalhar com as soluções que dispõem.
“Todo mundo espera o próximo salto. A próxima grande tecnologia, como tivemos o iPhone no passado. Estamos em 2018 e ainda falamos no ‘ano do mobile’, ‘ano da inteligência artificial’, ‘ano da Internet das Coisas’. Nós ficamos mal-acostumados”, frisou Magdalena.