A Positivo Informática fechou o primeiro trimestre de 2016 impulsionada pelo seu negócio de celulares, com crescimento de 96% no volume de vendas ante o mesmo período no ano anterior. A receita líquida da empresa do Paraná com celulares foi de R$ 75 milhões, o que representa um aumento de 151%. Os celulares responderam por 20% da receita total da empresa no primeiro trimestre.
Contudo, mesmo com as 388 mil unidades de dispositivos móveis vendidas, das quais 192 mil foram smartphones (aumento de 150%) e 196,5 mil, feature phones (aumento de 63%), a companhia não conseguiu evitar a queda em seu faturamento. Com o recuo nas vendas de tablets (-79,2%) e PCs (-1%), a companhia paranaense teve uma receita líquida de R$ 375 milhões, um decréscimo de 16,9% perante o primeiro tri de 2015. O EBITDA ajustado (pela joint-venture IFSA e pelos efeitos do câmbio) foi de R$ 30 milhões, um crescimento de 4,3%. O lucro líquido, por sua vez, foi de R$ 16,1 milhões. No mesmo período do ano anterior a empresa havia registrado prejuízo líquido de R$ 10,4 milhões.
A Positivo relatou ainda um lucro de R$ 22 milhões em reajuste fiscal com a mudança da fabricação de tablets e PCs de Curitiba para Manaus. O montante representa 27,5% da estimativa de eficiência tributária até o fim de 2016, que deve chegar a R$ 151 milhões. É esperado que a partir de maio, a fabricação de smartphones passe a ser feita em Manaus, o que também reduzirá os custos.
A empresa aposta suas fichas no setor de smartphones e feature phones. No relatório financeiro publicado nesta segunda-feira, 16, a Positivo informa acreditar que conseguirá manter um crescimento de três dígitos na venda de seus celulares para os próximos trimestres, devido à boa aceitação do produto e à entrada de novos clientes.
A companhia investiu R$ 6,5 milhões entre janeiro e março de 2016, principalmente em ajustes de tecnologia na fábrica de Manaus, em especial no sistema de ERP. No ano, a empresa deve gastar R$ 26 milhões com manutenção de infraestrutura, atualização do ERP e desenvolvimento de soluções em tecnologia educacional, negócio que teve queda de 6,4% na receita no trimestre exposto.