Após apresentar uma nova versão do plano de recuperação judicial que inclui a venda da operação móvel por pelo menos R$ 15 bilhões e a criação de uma subsidiária de infraestrutura neutra, a Oi divulgou nesta terça-feira, 16, alguns dos prazos esperados para a conclusão dos negócios.
Segundo o CEO da operadora, Rodrigo Abreu, a empresa espera realizar o leilão da unidade produtiva isolada (UPI) do negócio móvel “até o quarto trimestre deste ano”. Já a conclusão do negócio está prevista para o quarto trimestre de 2021. Vivo e TIM (em proposta conjunta) e Claro surgem como potenciais interessadas.
- No caso da nova unidade de infraestrutura (batizada de Infra Co) que a empresa pretende criar e achar um sócio, o cronograma é mais reduzido: a Oi quer realizar o leilão do ativo no primeiro trimestre de 2021, com conclusão no terceiro trimestre do mesmo ano.
- A subsidiária deve reunir a rede FTTH da Oi, os contratos de atacado e os direitos de uso de backbone e backhaul da companhia (que permanecerão ambos na Client Co). Por 25% a 51% do capital econômico da Infra Co, a Oi espera uma oferta secundária de no mínimo R$ 6,5 bilhões, com possíveis investimentos adicionais de até R$ 5 bilhões pelos parceiros estratégicos.
- Já os leilões das UPIs de torres e data center, com os quais a empresa espera levantar valores mínimos de R$ 1 bilhão e R$ 325 milhões, respectivamente, estão previstos para outubro deste ano. A empresa espera concluir o negócio antes mesmo do final de 2020. No caso da UPI de torres, está prevista a venda de 657 estações radiobase (ERBs) e 225 sites indoor.AGC em agosto“Obviamente que esse cronograma depende do processo que ocorre no presente momento, com a proposta de aditamento [do plano de recuperação judicial] que vamos explicar para em agosto termos uma Assembleia Geral de Credores (AGC) de sucesso”, lembrou Abreu, durante call realizada nesta terça-feira, 16.