As vendas de alto-falantes inteligentes ao varejo cresceram 187% ano a ano no segundo trimestre de 2018. Ao todo, foram 16,8 milhões de unidades vendidas. No mesmo período do ano passado, foram 5,8 milhões de aparelhos. O Google se manteve em primeiro lugar, com 5,4 milhões de envios de seus modelos do Google Home. Já a segunda colocada, Amazon, vendeu 4,1 milhões de dispositivos Echo no trimestre. Os dados são do Canalys, empresa independente que analisa dados da indústria de tecnologia.
Apesar do crescimento dos mercados asiático e europeu, Amazon e Google dependem fortemente dos Estados Unidos, que respondem por 68% das remessas globais da Amazon e 58% das remessas do Google.
Paralelamente, a China está se tornando um motor de crescimento importante. A marca Alibaba se concentra no mercado chinês, e, por lá, vendeu ao varejo 3 milhões de alto-falantes Tmall Genie. Com isso, manteve-se com uma participação no mercado na China de mais de 50%. O mesmo vale para Xiaomi, que lançou 2 milhões de unidades de seu Xiaoai Mini AI, cujo crescimento foi de 228%. Os dois somados representam 90% do mercado de smart speakers da China. Alibaba e Xiaomi ficam em terceiro e quarto lugares, respectivamente, no ranking mundial de vendas ao varejo.
Hattie He, Analista de Pesquisa da Canalys, explica no relatório que o mercado de alto-falantes inteligentes da China se tornou um campo de batalha para os grandes nomes da tecnologia, e que será difícil para os players menores alcançarem uma participação no mercado.
“A Alibaba e a Xiaomi se basearam em cortes agressivos de preços para criar demanda. Ambas as empresas têm o apoio financeiro para gastar em subsídios de marketing e hardware, em uma tentativa de construir rapidamente suas bases de usuários. Embora o nível real de demanda dos usuários por produtos de alto-falante não esteja comprovado, a China está a caminho de ultrapassar os EUA no curto prazo. O desafio permanece para os fornecedores locais de aumentar o interesse do usuário pelo produto e gerar receita a partir da crescente base instalada de usuários de alto-falantes inteligentes”, explicou a analista.