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Com metas audaciosas de crescimento em contas digitais e adquirência, Victor Farias, fundador e ex-CEO da Pag!, fundou recentemente o Liftbank (Android), um banco digital e adquirente destinado ao segmento de pessoas jurídicas (PJ) e microempreendedores individuais (MEIs). Até o final de 2019, a fintech busca ter 40 mil contas ativas e, em 2020, 100 mil contas, com movimentação anual de R$ 500 milhões.

Em conversa com Mobile Time, Farias explicou que busca se diferenciar ao apostar em um segmento que até então tinha pouco apoio dos bancos: “Atuo no mercado financeiro há nove anos. Fui presidente e fundador do Pag!. Procurei fazer algo diferente dos atuais bancos digitais. Eu cansei de ser sombra do Nubank e vi que o mercado de pessoa física está bem assistido, mas há poucas soluções para PJs. Temos o Pag!, mas agora vou focar o negócio 100% para o empreendedor. Este não tem a atenção devida. Ele acaba cuidando mais das finanças do que do negócio apropriadamente. Queremos facilitar isso para ele”.

A solução chega ao mercado com o banco digital (Liftbank), com cartão de crédito e débito (bem parecido com o cartão do N26 Bank), empréstimo, TED, geração de boletos, gestão financeira, autonomia pelo app para gestão da conta e seguros. Na ponta da adquirência, a fintech oferece o LifPay (Android, iOS), com opção de parcelamento de compras, sempre conectada, pagamento em até dois dias úteis, multibandeira, acompanhamento das vendas em tempo real e envio da maquininha sem frete.

Oficialmente, o banco foi lançado entre o final de julho e começo de agosto. Mas a maquininha e o cartão de crédito/débito estavam em operação desde abril. Neste período, 95% anteciparam recebíveis. E a maioria usava com frequência os cartões para fazer compras de crédito e débito.

Farias quer se diferenciar dos concorrentes por três fatos: nenhum banco digital é voltado 100% para PJ; nenhuma adquirente é 100% digital; e que os bancos com contas PJ estão focados em MEI ou PJ com sócio. “Eles fazem isso por construírem modelo de negócio com análise de negócio para pessoa física. Vamos trazer o modelo tradicional (cinco a seis sócios) e poder avaliar para a criação da conta bancária”, disse Farias. “Não definimos o valor mínimo. Vamos cobrar por produto ou serviço. Mas será um valor justo. Não vou cobrar R$ 18 uma TED, sendo que ela custa R$ 3. Não preciso cobrar uma anuidade muita alta para o cartão”.

Futuro

Em liberação de crédito, o Liftbank terá um período mínimo de três meses de análise dos gastos do correntista antes de conceder crédito. Inicialmente, esta solução é feita em apoio com birô de crédito. Para o futuro, a companhia planeja o uso de inteligência artificial e machine learning na análise de crédito. Outras novidades que devem chegar à plataforma de pagamentos são recarga de celular, pagamento de salário e liberação de cartão corporativo no LiftBank, além de pagamento com QR Code no LiftPay.

Estrutura

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Time da fintech que tem sede em Vitória (ES)

O banco para pessoa jurídica recebeu aporte do Grupo Avista e apoio junto ao Banco Central para ser criado (certificado de FGC), mas segue independente da financeira. A gestão fica por conta de Alexandre Soares, CFO do Liftbank e ex-CFO da Wine; Deivid Bitti, CTO e ex-head de segurança da informação da Vale; e Farias, que tem como experiência a gestão no Pag!, uma carteira digital que teve 4 milhões de pedidos e 700 mil clientes nos dois primeiros anos de operação, com 700 mil clientes.

Assim como a Pag!, o Liftbank tem sua sede na cidade de Vitória. Questionado se pretende sair da capital capixaba e ir para grandes centros financeiros, como São Paulo ou Rio de Janeiro, Farias rechaça a ideia, pois acredita na indústria local e no desenvolvimento do Vale da Moqueca.

“O principal motivo é que nós somos daqui. E temos profissionais qualificados aqui. Vitória cresce muito na linha de empreendedorismo, com empresas como PicPay, Pag! e Wine.  Muitas empresas de tecnologia e fintechs estão nascendo aqui”, defendeu. “É uma cidade bem estruturada, o custo de vida é baixo, melhor IDH entre as capitais. E as pessoas estão vindo para cá atrás de emprego e melhor qualidade de vida”.

 

 

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