A American Tower vai adotar um modelo de venda de capacidade no atacado para monetizar a rede nacional que está montando com a tecnologia Lora, própria para aplicações de Internet das Coisas que demandem baixo tráfego de dados e largo alcance. A ideia é ter como clientes empresas que garantam, cada uma, aproximadamente 1 milhão de dispositivos conectados dentro de dois anos. Entre os candidatos potenciais estão as operadoras móveis, que já são clientes da American Tower, e também utilities que queiram montar redes próprias para medidores inteligentes, como companhias de distribuição de energia.

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Abel Camargo, diretor da American Tower

“Haverá um limite mínimo de quantidade de dispositivos conectados”, explica Abel Camargo, diretor de estratégia e novos negócios da American Tower. Seria algo da ordem de milhão a médio prazo, aproximadamente 1 milhão em dois anos, acrescentou.

Na prática, é como se fosse um modelo de operadoras virtuais. Ou seja, empresas alugarão a capacidade na rede da American Tower para serem operadoras virtuais de Lora, ou “LVNO”, diz Camargo, em uma alusão bem-humorada às MVNOs. “Podem até surgir LVNEs, ou seja, enablers de operadoras virtuais de Lora”, prevê o executivo. As empresas precisarão de uma licença da Anatel para operar. A mais adequada é a de SLP (Serviço Limitado Privado).

A rede cobre hoje as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Até o final do ano serão 80 cidades no País, cobrindo 50% do PIB nacional.

 

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