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As vendas de bilhetes para viagens de ônibus interestadual e intermunicipal do BlaBlaCar (Android, iOS) começarão a partir de dezembro deste ano. O serviço chega em piloto com pequenas camadas de usuários, como explicou o gerente geral da companhia no País, Ricardo Leite.

“Vamos trazer o modelo que temos na Rússia hoje. A ideia é vender passagens de ônibus. Deixaremos de ser uma plataforma apenas de carona, para ser uma plataforma de mobilidade”, disse Leite, durante o IT Forum X, nesta quarta-feira, 16. “Fizemos um primeiro teste no Brasil no começo do ano com sete rotas e dois ônibus por dia. A adesão foi forte e a resistência do usuário foi zero”.

O executivo explicou que o principal motivo para entrar no segmento de transporte rodoviário é a necessidade de atender a demanda de seus clientes, uma vez que o serviço de carona não oferece viagens o suficiente para os passageiros. Leite também cita a mudança na regulação do setor, que flexibilizou questões em preço flutuante de passagem e bilhetes eletrônicos.

Neste cenário, a expectativa do gerente da BlaBlaCar é ter 150 empresas de ônibus associadas à plataforma até o final de 2021: “A receptividade tem sido boa nas minhas conversas com as empresas de ônibus”.

Carona

Embora o foco de Leite neste momento seja para o projeto de bilhetagem de ônibus, o executivo compartilhou alguns dados da operação de carona. Os números mais atuais da BlaBlaCar são de 7 milhões de viagens por ano e uma base de 5 milhões de clientes, sendo que a maioria dos passageiros têm de 18 a 25 anos de idade e os motoristas, de 25 a 35 anos.

“Hoje, a operação brasileira é a que mais cresce na BlaBlaCar no mundo em carona. E o mais importante: 90% deles vêm pelo boca a boca, por indicação de outros usuários”, disse. “Diferentemente do que acontece na BlaBlaCar Europa – que tem crescimento sazonal nas férias (verão europeu) – o Brasil tem picos de sazonalidade nas férias (dezembro, janeiro, fevereiro, março e julho), mas mantém o uso nos meses seguintes”.

 

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