[ATUALIZADA] De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, ocorreram no mundo 105 milhões de ataques em dispositivos de Internet das Coisas vindos de 276 mil endereços IP nos primeiros seis meses de 2019. O número é aproximadamente nove vezes mais alto na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram identificados 12 milhões de ataques originados de 69 mil endereços IP.

O Brasil é a segunda região com maior número de ataques. 19% deles aconteceram no País. A China, líder, sofreu 30% dos ciberataques. Em terceiro está o Egito, com 12%. A pesquisa da Kaspersky explica que, no ano passado, o Brasil encabeçava a lista com 28% dos ataques, enquanto a China estava em segundo lugar, com 14%, seguida do Japão, com 11%.

Os dados coletados pela empresa de cibersegurança mostram que os ataques contra dispositivos IoT não são sofisticados, mas geralmente imperceptíveis ao usuário. Em muitos casos, os criminosos montam uma rede para realizar ataques de negação de serviço (DSoS, na sigla em inglês), ou como retransmissor para campanhas maliciosas.

A família de malware Mirai está por trás de 39% dos ataques. São exploradas vulnerabilidades não corrigidas nos sistemas para assumir o controle do dispositivo. Em segundo estão os ataques de força bruta envolvendo senhas. O método é usado pela segunda família de malware mais disseminada da lista, a do Nyadrop, encontrado em 38,57% dos ataques e que muitas vezes atua fazendo download do Mirai. A terceira botnet mais comum a ameaçar dispositivos inteligentes é a Gafgyt, com 2,12%, que também usa ataques de força bruta.

Para realizar a pesquisa, a Kaspersky criou redes de dispositivos e aplicativos virtuais conectados à Internet chamados de honeypots, usadas como iscas para atrair os cibercriminosos e poder avaliar os ataques.

 

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