A NTT Data quer avançar com aplicações de gêmeos digitais no Brasil. A empresa realiza testes-piloto com seus clientes e está em fase de comprovação das hipóteses e geração de valor. A companhia, inclusive, ajuda a financiar esses projetos.

“Estamos na (fase de) geração de oferta de valor. Já fizemos o market fit dentro dos nossos clientes – aqueles mais propícios e que já estão testando – e, pela inovação, temos a capacidade de financiar os projetos-piloto. Criamos ofertas ajustadas a aplicações dos setores. E discutimos com o interlocutor sobre qual o retorno do investimento, qual a geração de novos modelos de negócios. É esse o momento em que estamos”, explica Roberto Celestino, head de Inovação Digital, durante conversa com a imprensa nesta quarta-feira, 16.

Os testes no Brasil vão proporcionar a criação de ofertas ajustadas a diferentes indústrias. Para Ivan Brum, head de Arquitetura Digital e Cloud da NTT Data, a tecnologia tem um enorme potencial e já existem casos de uso na indústria, mas faltam implementações maiores, mais complexas.

“As indústrias estão usando, mas não temos implementação ainda de integração da cadeia logística com todos os fornecedores até os clientes, por exemplo, ou cases de ordem pública, para se fazer cidades inteligentes. Temos um fórum discutindo, mas em estágio inicial. Temos muito espaço, muita pista para correr”, resume o executivo.

Além da indústria, a NTT aposta em outros segmentos para a aplicação dos gêmeos digitais no País. Entre eles, o de recursos naturais, utilities (em especial distribuição de energia e saneamento) e, além da indústria, retail e automotivo.

O que são os gêmeos digitais

Os digital twins são a capacidade de simular elementos físicos por meio de tecnologias emergentes e digitais para criar uma réplica de um produto, processo ou de sistemas complexos.

É possível estressar ao máximo esses elementos virtualmente. Por exemplo, no caseo de um motor de carro em um ambiente digital, é possível entender de forma mais rápida a quantidade de giros que ele pode dar, quanto de combustível consome, o quanto trepida, se aquece mais do que o esperado, entre outras informações. Ao transformá-lo em uma réplica digital, testa-se virtualmente seu potencial para avaliar os dados rapidamente.

O conceito de gêmeos digitais nasceu em 2000 e, em 2010, a Nasa passou a utilizá-lo, tornando a solução mais popular.

“Agora a tecnologia tem maturidade”, garante Celestino.

 

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