A iZettle, empresa europeia de mPOS que aportou recentemente no Brasil, está em busca de parceria com alguma operadora celular em atividade no País. O objetivo é ampliar os canais de distribuição do seu leitor de cartões, equipamento que se encaixa na entrada de fone de ouvido de smartphones Android e iOS para transformá-los em máquinas para recebimento de pagamento com cartão de crédito. "Estamos conversando com as operadoras e também com empresas de varejo. A distribuição é um ponto chave. É muito importante", diz Anders Norinder, presidente da iZettle no Brasil.
A parceria faz sentido para as teles, porque o cliente da iZettle precisará provavelmente de um plano de dados em seu smartphone. Eventualmente, uma operadora parceira poderia subsidiar o leitor, que hoje é vendido por R$ 99. Além disso, as teles possuem uma extensa rede de lojas e de revendedores autorizados. Vale lembrar que a iZettle tem uma parceria com o banco Santander, que oferece a solução de mPOS para micro e pequenos empreendedores que são seus correntistas.
Independentemente dessas parcerias, qualquer pessoa pode encomendar o equipamento diretamente no site da iZettle. A entrega é feita em dez dias. O cadastro requer apenas nome, CPF, endereço e uma conta bancária. "É super simples. Leva apenas cinco minutos", garante.
A empresa, presente em nove países, chegou ao Brasil em agosto. Em apenas quatro semanas de operação, conquistou 35 mil usuários. Seus executivos evitam abrir projeções, mas estão otimistas quanto ao sucesso no País. "O Brasil tem tudo para ser o maior mercado da iZettle no mundo", comenta Norinder. O público alvo são profissionais liberais e pequenas empresas que hoje não aceitam cartão de crédito porque o custo de aluguel das máquinas é caro. A iZettle cobra uma taxa única de 5,75% por transação, com depósito dos valores em cinco dias na conta do comerciante. Há outras empresas com taxas menores, porém o depósito acontece em 30 dias. "O fluxo de caixa para o pequeno comerciante é fundamental. Se você adicionar o custo de antecipação, a nossa taxa é bastante competitiva", diz o executivo.
Norinder faz questão de afirmar que a iZettle não se resume a uma empresa de pagamentos móveis. Ela agrega soluções de gerenciamento das vendas para seus clientes. "Queremos cercar o pequeno e médio empresário de soluções para fazê-lo crescer. Oferecemos um sistema na Internet que dá a visão de todo o faturamento dele, o que mais vendeu, o tíquete médio etc. É um sistema de apoio para o seu negócio. Queremos ser o melhor amigo do pequeno empresário", diz Norinder.
Por enquanto o leitor iZettle está disponível apenas em uma versão que captura os dados do cartão, mas requer a assinatura na tela do smartphone. No primeiro trimestre do ano que vem será lançado um novo leitor, com teclado para a digitação de senha, o que permitirá a venda com cartão de débito.