bc2

Ao longo do seu primeiro mês de operação plena, entre 16 de novembro e 15 de dezembro, o Pix registrou 92,5 milhões de transações que movimentaram R$ 83,4 bilhões. O tíquete médio nesse período foi de R$ 896. Quando consideradas as transações entre empresas (B2B), o tíquete médio foi de R$ 14.686. Entre pessoas físicas (P2P), foi de R$ 496. Os números foram apresentados pelo Banco Central em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 16.

Nos últimos sete dias, o Pix respondeu por pouco mais de 30% da quantidade total de transferências interbancárias no Brasil. Ou seja, está rapidamente substituindo TEDs e DOCs. 

O índice de rejeição do Pix com chave é de 0,5%, enquanto em TEDs e DOCs fica entre 4% e 5%. “Essa diferença não surpreende. Se você precisa preencher um monte de informações para realizar uma transferência, a chance de cometer um erro é muito maior. Por isso o Pix com chave tem índice de rejeição baixíssimo”, disse João Manoel Pinho de Mello, diretor do Banco Central. No caso do Pix sem chave, ou seja, quando o pagador precisa informar os dados bancários do recebedor, o índice de rejeição é de 9,8%.

Adesão

Até agora, 46,4 milhões de pessoas físicas e 3 milhões de empresas cadastraram chaves Pix. Essa quantidade de pessoas corresponde a aproximadamente um terço do total de cidadãos incluídos no sistema financeiro nacional, estima Pinho de Mello. 

Ao todo, foram cadastradas 116 milhões de chaves, sendo 111 milhões de pessoas físicas e 5,1 milhões, de pessoas jurídicas. O tipo de chave mais popular é o CPF, com 40,2 milhões de cadastros, seguido da chave aleatória (29,1 milhões), do celular (25,9 milhões), do email (18,2 milhões) e do CNPJ (2,5 milhões).

Comércio

Por enquanto o uso do Pix está bastante concentrado entre pessoas físicas. O Pix P2P representa 84% da quantidade de pagamentos instantâneos feitos até agora e 44% do valor dos mesmos. Mas o diretor do BC prevê que a tendência é de crescimento dos pagamentos de pessoas físicas para empresas (P2B), conforme aumente a aceitação do Pix dentro de estabelecimentos comerciais, seja diretamente na maquininha ou em uma tela do sistema de frente de caixa.

Questionado se a baixa adesão do comércio até agora poderia estar relacionada a um temor sobre os preços que os bancos cobrarão pelo Pix das empresas, Pinho de Mello lembrou que o mercado tem liberdade para precificar, mas o BC vai acompanhar de perto para evitar abusos. “Vamos monitorar os preços. Esperamos que sejam módicos”, disse.

bc1

João Manoel Pinho de Mello, do BC, sobre preços do Pix para pessoas jurídicas: “Vamos monitorar os preços. Esperamos que sejam módicos”

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!