O CFO da Fiserv, Ricardo Daguani, explicou que a companhia tem solução de tap on phone em seu portfólio e que a tecnologia está pronta para uso. Contudo, o executivo afirmou que ainda há bastante espaço para as maquininhas de cartões tradicionais: “Não podemos esquecer também das maquininhas. Os POSs tradicionais não vão deixar de existir amanhã, nem depois de amanhã. Teremos um tempo ainda para ela continuar no mercado”, diz em conversa com Mobile Time.
“Embora o tap on phone seja de fato uma visão futura de como vai acontecer a captura das transações, nós não podemos esquecer que o Brasil é um País muito grande. As maquininhas ainda têm muita atuação no interior. Portanto, temos toda uma estratégia de terminais para oferecer para diferentes tipos de estabelecimento”, completa.
Novo momento
Neste ano, a Fiserv recebeu licença do Banco Central para atuar como instituição de pagamento na modalidade credenciadora. A companhia possui sede em São Paulo e capital social de R$ 1,2 bilhão.
Antes, a empresa atuava no meio de adquirência com auxílio de parceiros. Daguani explicou que esse novo momento traz mais “autonomia”, inclusive com testes de novas tecnologias de pagamentos, processos de governança e competição.
“O mercado em geral vê com bons olhos a licença, o que é uma coisa um pouco óbvia e tendo essa visibilidade mais positiva, conseguimos ser mais competitivos. Um exemplo é o ponto de vista de tomar capital para usar nas nossas precificações ou para usar no negócio de antecipação (de pagamento), que é um produto importantíssimo na oferta de qualquer adquirente”, explica.
A Fiserv também tem planos de expansão e de conquistar outras licenças, mas o foco, no momento, é se consolidar nesse novo status de credenciadora.