[Atualizado às 19h38 do dia 18/01/2024 com nova data de lançamento do laboratório] A estratégia da Ligga em redes celulares privativas 5G será “caso a caso” e de forma customizada. Rafael Marquez, CRO da operadora, explicou em conversa exclusiva com Mobile Time, que a ideia da companhia não é fazer uma oferta de prateleira nesta frente de negócios.

“O 5G é visto como um novo negócio na Ligga, junto com fibra ótica. Portanto, o 5G é uma nova receita. E com o pilar do 5G no B2B, ele vai ser uma grande estratégia de crescimento na Ligga. Nesse sentido, comparando com B2C, o B2B (redes privativas) terá mais caráter de receita na Ligga, pois o tíquete é mais alto e o tempo de permanência (do cliente) é mais alto”, explica o CRO. “O ‘rouba-monte’ que vemos no B2C não acontece no B2B”, completa, ao lembrar que, 50% de sua receita vem dos clientes corporativos.

Recentemente, a empresa anunciou sua primeira rede privativa com a UniSantacruz, de Curitiba. Prestes a ser lançada em fevereiro, a rede de quinta geração é baseada em uma licença temporária de 3,7 GHz no padrão standalone (SA) feita em parceria com Baicells, CPQD e Databahn. Com a universidade, Marquez afirma que a ideia é fazer um grande “caso de uso” para educação e outros setores, a partir de exemplos práticos e um laboratório: ”Acreditamos muito no pilar de educação, queremos despertar um mundo interessante em capacitação de futuros profissionais”, diz o executivo.

Além de educação, a Ligga olha principalmente as indústrias do Paraná, como: agronegócio; logística (portos); indústria de manufatura; montadoras de veículos; saúde com telemedicina; varejo; e bebidas. Mas o executivo não quis fazer uma previsão de quantas redes podem fazer.

Regional

A companhia, que arrematou frequências no leilão do 5G para o Paraná, interior de São Paulo e Norte do País, deve ter estratégias distintas nas regiões, devido à sua maturidade em cada localidade. O CRO explicou que, no Paraná, a ideia é usar a sua “capilaridade” e presença nas 399 cidades do estado para ofertar redes privativas. No Norte e em São Paulo a Ligga se vê como uma “entrante” e deve buscar parcerias com players locais para levar a conectividade aos usuários B2B dessas regiões, além de cumprir com as obrigações do certame:

“No Paraná, nós queremos ser um grande provedor na ponta”, diz. “Na região Norte, como um todo, a nossa estratégia é atuar como atacadista de 5G por ter espectro. Queremos atuar em parceria com produtores locais, pois eles têm estrutura de backbone e a última milha, não faz sentido construir. E eles têm o cliente final. Até pelas obrigações, nós vamos com os parceiros e redes locais que podem entregar o serviço final para o cliente”, completa.

Vale lembrar, a companhia tem conversas com a Veloso.Net para ampliar sua presença no Amazonas e confirmou que a Zona Franca de Manaus também é um mercado com forte potencial para suas redes privativas 5G.

Imagem principal: Sede da Unisantacruz no Paraná (divulgação: Ligga)

 

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