| Publicado no Teletime | Padrão exigido no edital aprovado pelo conselho diretor da Anatel (e que está sendo encaminhado ao Tribunal de Contas da União), o 5G standalone ainda tem presença tímida em outros países. A tecnologia, que exige um core de rede 5G (no não standalone, o core pode ser de 4G), está atualmente presente em apenas cinco países, segundo relatório da associação de fornecedores móveis globais (GSA) divulgado nesta quarta-feira, 17.

A entidade identificou 68 operadoras nesses 38 países investindo no 5G standalone para redes públicas, mas isso inclui todo o escopo entre testes, projetos, pagamento de licenças, implantação e operação propriamente dita. O Brasil ainda não foi considerado nesta lista.

Das redes 5G SA que realmente foram lançadas comercialmente, a GSA contabiliza apenas sete, das quais quatro são de empresas chinesas:

  • China Mobile
  • China Telecom
  • China Unicom
  • China Mobile Hong Kong
  • T-Mobile (com 600 MHz)
  • RAIN (África do Sul, com FWA e apenas em “partes de Cape Town”)
  • DirecTV (Colômbia, em FWA em Bogotá)

Além dessas, estaria em fase de “soft launch” uma rede standalone da ITC na Arábia Saudita. Na Austrália, a Telstra implantou um core de rede 5G em preparação para o SA “uma vez que a quantidade de dispositivos compatíveis seja suficiente no mercado australiano”, segundo a GSA, citando outras 13 operadoras que estariam “ativamente implantando” o padrão. O estudo não inclui o Brasil entre os países que estariam investindo nesse padrão.

GSA; standalone

Política ou competição

O VP de pesquisa da GSA, Simon Sherrington, não citou os planos da Anatel no Brasil, mas explicou que a presença maior na China se deve justamente a políticas de cobertura que obrigavam o padrão standalone. “Por isso está havendo um movimento tão agressivo na China”, destaca. Em Cingapura também há metas para cobrir metade do país com 5G SA em 2022. Mas, no entendimento do executivo da GSA, são exceções. “Na maior parte [dos mercados], será a pressão da competição que levará à adoção da tecnologia”, declarou ele durante apresentação online nesta quarta-feira.

Sherrington afirmou que há basicamente dois casos de redes standalone sendo lançadas agora: as de empresas que já não tinham uma rede legada, como foi com a Rakuten no Japão, e as de operadoras que estão interessadas nos benefícios. “Os cores são mais flexíveis e ágeis, com automação e reduzindo custos, podendo configurar network slicing e baixíssima latência, que permitirá novos modelos de negócio”, afirmou.

Redes privadas

A GSA conta 280 redes privadas catalogadas até o momento, das quais 41% são do setor industrial. Com a tecnologia 5G, são 70 redes. Especificamente em standalone, são 13 redes, das quais cinco são da indústria de manufatura, três para pesquisas comerciais e institutos, duas para o setor acadêmico e uma para aviação. Mais outras três não foram especificadas.

5G

Contabilizando o 5G em geral, são 428 operadoras em 132 países investindo na tecnologia. Desse total, 153 teles já lançaram redes de quinta geração em 64 países, dos quais 145 redes em 60 países são para serviço móvel; e 51 redes em 29 países com acesso fixo-móvel (FWA). Neste cenário, a GSA considera o Brasil como um mercado onde o 5G já foi lançado, possivelmente por conta das redes com compartilhamento dinâmico de espectro (DSS).

 

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