Os pagamentos por Pix de pessoa para empresa continuam crescendo exponencialmente. De acordo com a Análise de Comportamento do Consumo sobre o primeiro trimestre de 2023, houve um incremento de 136% em quantidade de transações e um aumento de 76% em valor transacionado com o arranjo de pagamento do Banco Central na comparação com o mesmo período de 2022. O tíquete médio foi de R$ 323. O estudo, realizado pelo Itaú, contempla as transações realizadas nas maquininhas POS da adquirente do banco, a Rede, como também o uso dos cartões emitidos pela instituição, e inclui compras feitas com Pix entre pessoa física e CNPJ.

A região norte do País é um dos destaques, com cerca de 150% em quantidade de transações, assim como o nordeste, com 149%. O centro-oeste também registrou incremento de 117% na comparação com o ano passado.

No geral, o pagamento digital segue em alta. No físico, ou seja, compras presenciais feitas com cartão físico ou carteiras digitais, o valor transacionado aumentou 13% ano contra ano e, no comércio digital, o incremento foi de 38%. Vale dizer que, neste caso, os dados são referentes a transações online no cartão de crédito (seja ele físico ou virtual), carteiras digitais e Pix. A fatia de mercado do valor transacionado no mundo físico é de 65% e no digital, 35%.

NFC

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Pagamento por aproximação tem share de 44% no 1T23 e o de inserir, 56%. Imagem: reprodução/Itaú

O pagamento por aproximação também vem ganhando relevância nas lojas físicas. Houve incremento de 77% na quantidade de transações e +87% no valor transacionado ano contra ano.

O ato de aproximar responde por 44% dos pagamentos e o de inserir, por 56%. Vale dizer que, no primeiro trimestre de 2021, a inserção do cartão representava 93%, enquanto aproximação, somente 7%.

Cartão virtual

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Quantidade transacionada de pagamento com cartão virtual tem incremento de 103%; valor transacionado, +73%. Imagem: reprodução/Itaú

O mesmo vem acontecendo com os cartões virtuais, ou seja, o market share do virtual está se aproximando do físico, mas, por ser mais recente, o encontro deve levar mais tempo. Enquanto o cartão físico leva 78% da fatia de mercado, o virtual chega a 22% no trimestre. Três anos atrás, as porcentagens eram de 97% (físico) contra 3% (virtual) e, um ano atrás, 86% para o físico e 14% para o cartão virtual.

“Esperamos que a modalidade, principalmente depois do lançamento do cartão virtual recorrente, tende a se solidificar e a crescer. Vamos continuar observando. Se avaliarmos o crescimento inicial, estamos vendo uma certa uniformização na penetração do pagamento com cartão virtual”, explica Moisés Nascimento.

IA e Micro Market

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Inteligência artificial: consumo de assinatura de ferramenta de IA generativa foi analisada pela pesquisa. Imagem: reprodução

A Análise de Comportamento do Consumo do Itaú costuma apresentar insights. Neste trimestre, o estudo observou os gastos dos consumidores com inteligência artificial e em micro markets, aqueles mercados digitalizados que começam a ficar mais frequentes em condomínios.

As versões pagas de ferramentas de inteligência artificial ganham espaço entre os brasileiros. O tíquete médio do consumo é de R$ 127. Com 53%, a geração X (de 43 a 57 anos) são os principais usuários de assinatura de programas de IA generativa, seguida pela geração Y (de 28 a 42 anos), com 28%. A OpenAI é a empresa de destaque, com market share de 60%, seguida por Midjourney (38%).

Com micro market, a pesquisa detectou um aumento de 77% na quantidade de transações e incremento de 64% no valor transacionado. Os consumidores desse tipo de mercado possuem renda de quatro a oito salários mínimos (25% do share no 1T23), são solteiros (63%), consomem sobretudo aos sábados e domingos e o período de maior consumo é à noite.

 

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