O conceito de economia compartilhada chegou à classe alta. Nasceu este ano em São Paulo a FlyHelo, empresa que propõe o compartilhamento de voos de helicóptero e de jato, conceito conhecido como "coflying", e que já faz sucesso na Europa e nos EUA. Através de um app (Android, iOS), o passageiro pode criar um voo e disponibilizar assentos para que outras pessoas dividam o custo da viagem com ele, ou comprar um assento em um voo já planejado. O pagamento é feito in-app, via cartão de crédito.

"Nosso público-alvo são executivos de 25 a 55 anos que trabalham muito e para quem tempo é dinheiro. São pessoas que não querem gastar cinco ou seis horas para chegar em Ilhabela para passar o fim de semana. De helicóptero demora apenas 30 minutos. E com a venda de assentos fica muito mais atrativo. Queremos conquistar um público desse segmento que nunca voou de helicóptero ou jato", explica o CEO da FlyHelo, Hadrien Royal.

O executivo relata que a maior parte da demanda se concentra nos finais de semana. Os passageiros costumam viajar na sexta no fim do dia ou sábado de manhã, e retornam no domingo à tarde ou segunda de manhã. Os destinos mais comuns partindo de São Paulo são Juqueí, Ilhabela, Angra dos Reis e Campos do Jordão. A criação de um voo pode ser feita pelo app com até duas horas de antecedência. "Para trechos de curta distância ou para onde não há aeroporto, usamos helicópteros. Quando for acima de 400 Km, recomendamos jatos", diz Royal.

A FlyHelo não tem uma frota própria, mas parcerias com empresas de táxi aéreo com as quais provê opções de voos a partir de Congonhas e do Campo de Marte, no caso dos jatos, ou de vários pontos da capital paulista, no caso de helicópteros. O serviço começa agora a ser testado também no Rio de Janeiro, onde vai operar a partir do Santos Dumont e do aeroporto de Jacarepaguá. A FlyHelo trabalha apenas com empresas homologadas pela Anac, informa o executivo.

A criação de um voo São Paulo-Juqueí custa R$ 4.990. E um assento para esse mesmo trecho, R$ 1.490. Dependendo do modelo, o helicóptero pode ter de três a seis lugares. Os jatos, de quatro a sete assentos.

O serviço está disponível há um mês. Mais de 50 voos já foram realizados. A meta é chegar a mais de 500 voos mensais após 12 meses de operação.

 

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