|Publicado originalmente no Teletime| A Oi aceitou na última segunda-feira, 15, uma proposta vinculante do fundo de private equity Piemonte Holding para a venda de cinco data centers. A transação depende da homologação do aditamento ao plano de recuperação judicial apresentado pela operadora nesta semana, devendo passar pelo crivo da Assembleia Geral de Credores (AGC), marcada para agosto, e por um leilão judicial que defina o fundo como vencedor.

Os cinco data centers em questão estão localizados em Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Brasília (com duas unidades na capital). Como anunciado com o novo plano, a Oi deve segregar os ativos da operação em uma UPI (unidade produtiva isolada) para garantir maior proteção aos veículos contra potenciais riscos da recuperação judicial. O processo conta com assessoria do Bank of America.

Conforme informações divulgadas nesta terça-feira, 16, pela Oi, o preço mínimo definido para a UPI de data centers é de R$ 325 milhões. O acordo de venda deve incluir as receitas e contratos do negócio de colocation e hosting com clientes B2B e com a própria Oi.

Player no mercado

Em caso de conclusão do negócio, os ativos serão incorporados à Elea Digital, a holding de data centers do Piemonte. A empresa já detém o data center GBT S.A., em Brasília, inteiramente dedicado a serviços financeiros e que tem a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil como clientes. Com os cinco data centers da Oi, o ativo total da empresa ultrapassaria a casa do R$ 1 bilhão, segundo o fundo. Uma das áreas que interessa a Piemonte Holding é o suporte ao 5G.

Para a negociação de compra dos data centers, o fundo de private equity foi assessorado pela firma de advocacia Pinheiro Neto; pelo advisor financeiro Duff & Phelps; pela Concremat, no que se refere a assuntos operacionais; e pela assessoria de Antonio Toro.

Além dos data centers, a operação móvel da Oi, torres de telecomunicações e a rede de fibra ótica da empresa também foram segregadas em UPIs. A intenção da empresa é levantar R$ 22,8 bilhões com a venda dos ativos, sendo que no caso da rede de fibra, o interesse é pela venda de uma fatia.

 

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