A tecnologia é uma grande aliada na melhoria e na otimização da área de saúde.  A medicina vive um período de constantes mudanças e evoluções e os recursos tecnológicos cumprem um papel fundamental na gestão de hospitais, na troca de informações nos processos operacionais e no trabalho dos médicos. Doenças que eram consideradas irreversíveis, por exemplo, já podem ser tratadas graças aos avanços tecnológicos que a área tem implantado.

De acordo com a Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) no Brasil, divulgada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), 91% dos hospitais têm acesso à Internet. No entanto, o uso dela ainda está restrito a rotinas operacionais básicas como cadastro de pacientes. Hospitais que utilizam da tecnologia como ferramenta de trabalho ganham não só em produtividade, mas também em distribuição de conhecimento e minimização de erros.

Muitas ferramentas já fazem parte da rotina dos profissionais da saúde. O mercado de wearables devices – ou dispositivos vestíveis – já existe há anos na forma de aparelhos para medir batimentos cardíacos, monitorar corridas, entre outras funcionalidades. Com a evolução da tecnologia, a tendência é que esses dispositivos sejam introduzidos na medicina, ajudando assim a reduzir gastos e melhorar o tratamento de pacientes, o trabalho dos médicos e a estrutura dos hospitais.

Como já citei anteriormente em outro artigo, os óculos do Google já foram utilizados durante uma cirurgia nos Estados Unidos para retirada de um tumor e reconstrução do abdômen de um paciente. No Brasil, já foram feitas algumas cirurgias com o aparelho e estuda-se até o desenvolvimento de um aplicativo para facilitar a transmissão de cirurgias.

A tecnologia “vestível” tem avançado e se adaptado às diferentes necessidades da área. Essa é uma das principais apostas do mundo tecnológico. Segundo o relatório mHealth e Wearables 2015, publicado pela organização global de regulação do comércio de aparelhos e serviços móveis Mobile Ecosystem Forum (MEF), a adoção de aplicativos voltados para a saúde cresceu um terço a mais que no ano anterior, em todo o mundo. No Brasil, 47% dos usuários de dispositivos móveis usam aplicativos com essa finalidade.

Outros exemplos de tecnologias têm contribuído, cada vez mais, para o trabalho dos médicos. Hoje já existe, por exemplo, um chip que possibilita a avaliação da pressão intracraniana do paciente, sem necessidades de corte na cabeça. A ideia é que a tecnologia seja utilizada no Sistema Público de Saúde (SUS), em ambulâncias. Assim, a equipe de atendimento poderá colher as primeiras informações sobre a vítima dentro do veículo para adiantar e facilitar o trabalho realizado no hospital.

Na sala de cirurgia, outro avanço: um telão equipado com uma nova tecnologia permite que os médicos controlem os comandos de painéis apenas com gestos das mãos. Dessa forma, é possível checar toda a grade cirúrgica e as informações do paciente, sem sair da mesa de cirurgia.

A telemedicina, que coloca duas equipes médicas em contato, também cresce cada dia mais. Através de softwares específicos, médicos emergencistas e especialistas discutem procedimentos e exames, indicam medicação e cirurgias e até fecham diagnóstico de morte encefálica. A tecnologia permite até avaliações clínicas corriqueiras, como a ausculta cardíaca, pois as batidas do coração podem ser "compartilhadas" pela rede. E tudo pode ser visualizado no tablet ou smartphone.

Outra tecnologia que também é uma grande aposta para a medicina são os beacons, aparelhos de proximidade que emitem informações, por meio da tecnologia Bluetooth, diretamente aos smartphones cadastrados. O produto pode ser fixado nos leitos hospitalares e dessa forma permitir, de uma maneira simples e eficaz, acesso aos prontuários médicos por meio de aplicativos, que são instalados nos celulares e tablets e que, por sua vez, se comunicam com o sensor. Com isso, os médicos e enfermeiros podem evitar erros e otimizar as ações de comunicação. Os enfermeiros, por exemplo, terão mais facilidade ao saber quais leitos já foram visitados pelo médico e quais  medicamentos precisam ser aplicados em determinado paciente.

Para finalizar, não poderia deixar de citar como a tecnologia pode ajudar e facilitar a rastreabilidade de medicamentos, desde a produção até o seu destino final. O assunto é extremamente importante, já que no ano que vem passa a valer a regulamentação da Anvisa, que prevê o rastreamento dos medicamentos por meio eletrônico, de forma a permitir a consulta ao histórico, aplicação e localização de toda unidade de medicamento produzido, dispensado ou vendido no território nacional. A rastreabilidade de produtos é hoje um elemento básico das empresas para planos de segurança e de gestão da qualidade de organização. No caso dos medicamentos é ainda mais importante, já que as más condições de armazenamento, atrasos na entrega ou extravio dos produtos podem provocar grandes problemas e perdas às empresas.

É quase impossível pensar hoje em avanços no meio médico sem avanço na tecnologia. Neste contexto, sabe-se que a comunidade científica não vai, nem pode, parar de desenvolver novas tecnologias para se viver mais e melhor.

 

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