A tecnologia 3G registrou a maior queda de base desde dezembro do ano passado, segundo dados referentes a junho e divulgados pela Anatel nesta quarta-feira, 17. Foram 2,973 milhões de desconexões entre maio e junho, uma redução de 2,10%. No total, ainda é a tecnologia dominante do País, com 138,709 milhões de linhas. Mas na soma de 12 meses, a terceira geração já mostrou uma redução de 14,29% na base.
Quem mais perdeu em 3G no mês foi a TIM, com 1,302 milhão de desconexões. Apesar de ter perdido 0,40 ponto percentual na participação do mercado, a companhia mantém a segunda posição no segmento, com 24,50% do mercado. A terceira colocada é a Vivo, com 24,02%, apesar de também ter apresentado perdas na base WCDMA, com 574 mil desligamentos. A Oi tinha 17,41% de share e perdeu 579,6 mil de linhas. Com 32,20%, a líder continua a Claro, mesmo com 573,9 mil desconexões. As únicas operadoras que cresceram no período foram Algar (0,81%) e Sercomtel (3,13%).
Por outro lado, o LTE continua sendo praticamente a única tecnologia em crescimento, com avanço de 6,29% no mês, ou mais de 2,348 milhões de adições. Considerando 12 meses, a progressão da 4G é de 201,5%, mais do que compensando as perdas da terceira geração em igual período, com 26,536 milhões de adições. A base total conta com 39,701 milhões de acessos – ainda longe de superar as 58,106 milhões de linhas 2G no País, tecnologia que caiu 1,095 milhão de linhas (1,85%). Isso indica que menos usuários estão saindo da segunda geração ou que as empresas não efetuaram limpeza significativa da base no período.
Ainda no LTE, quem mais cresceu proporcionalmente em junho foi a Claro, com 7,89% (ou 555,8 mil adições), total de 7,599 milhões de acessos (19,41% de participação). Em crescimento líquido, contudo, a Vivo manteve a liderança – tanto no avanço quanto na base total. Foram 895,3 mil linhas a mais (6,64% de crescimento), e total de 14,376 milhões de acessos (36,21% de share). A TIM adicionou 742,4 mil acessos (7,12% de crescimento) e totalizou 11,175 milhões de linhas (share de 28,15%). Por fim, a Nextel adicionou 14,8 mil acessos, um aumento de 1,56%, totalizando 961,9 mil conexões (2,42% de participação).
A única tecnologia fora a LTE que cresceu em junho foi a da conexão máquina-a-máquina (M2M) Especial (sem interferência humana), que adicionou 84 mil linhas, total de 4,374 milhões de acessos. Em 12 meses, a base mais do que dobrou (104,46%). O M2M padrão caiu 0,58% no período, total de 7,383 milhões. No ano, encolheu 4,30%.
As conexões de dados de banda larga (dongles e tablets) encolheram 2,72% no mês e totalizaram 5,132 milhões de linhas. No acumulado de 12 meses, a base registrou queda de 17,70%. Já a base total brasileira totalizou 253,407 milhões de linhas, uma redução de 0,71% em relação a maio. Comparando com junho de 2015, a redução foi de 10,28%, ou pouco mais de 29 milhões de acessos a menos.
Vale destacar que neste mês a Anatel corrigiu as informações da Oi nas tabelas por tecnologia referentes a maio, que agora mostram que o GSM não ganhou acessos em relação a abril, conforme aparentava antes. Também foram alteradas a base 3G e 4G da empresa.