A Neon Pagamentos (Android, iOS) confirmou a aquisição da MEI Fácil (Android) nesta terça-feira, 17. As duas empresas somam 9 milhões de downloads, 3,3 milhões de cadastros concluídos e 1,6 milhão de clientes ativos, entre pessoas físicas e jurídicas, especialmente micro e pequenos empreendedores.
“A Neon se torna uma das principais fintechs brasileiras no atendimento a pequenos negócios e autônomos, atingindo mais de 10% de todas as MEIs ativas do Brasil (um total de 8,9 milhões, segundo o Sebrae). E contará com uma solução completa para esse público: simplifica a burocracia, oferece educação financeira e disponibiliza produtos e serviços financeiros”, disse a empresa por meio de sua assessoria. “A jornada do micro e pequeno empreendedor começa pelo registro do CNPJ, passa pela educação financeira e solução de dúvidas e chega à oferta conta digital, cartões e meios de pagamento”.
Em conversa por e-mail com Mobile Time, a companhia afirmou que MEI Fácil e Neon miravam objetivos similares, em especial pelo potencial de atração dos MEIs. Um segmento que tem 8,9 milhões de microempreendedores registrados no Brasil, mas ainda tem espaço para crescer, uma vez que apenas 4% dos 23,3 milhões de trabalhadores que estão na informalidade têm acesso a serviços financeiros completos, como empréstimo e conta digital.
“Depois de dois anos ajudando o MEI a lidar com a burocracia e oferecendo educação financeira e alguns serviços, como acesso a maquininha de cartão, a MEI Fácil já pretendia oferecer uma conta digital aos seus clientes”, disse a empresa. “Do outro lado, a Neon já pretendia aumentar sua atuação no público PJ. Então, foi um casamento perfeito. As duas startups prestam serviços complementares e viram na união a chance de fazer mais pelos autônomos e pequenos empresários”.
Sobre a operação, a Neon afirmou que a MEI Fácil seguirá independente, por enquanto. Mas confirmou planos para os dois apps serem integrados no futuro. Afirmou ainda que não haverá cortes, pois não há sobreposição de funções.
O valores da transação e a engenharia financeira – se teve apoio de bancos ou investidores, por exemplo – por trás da operação não foram revelados.