Sheila Kagan, CEO da PayKey. Foto: divulgação
[Matéria atualizada em 20/09/2021, às 15h08 para a retirada de cliente e mudar data de chegada ao Brasil] A israelense PayKey é uma fintech que oferece uma plataforma de soluções para bancos e instituições financeiras. A empresa chegou em agosto ao Brasil trazendo três soluções. A principal delas é o teclado inteligente, ferramenta que permite a realização de transações financeiras instantâneas sem sair dos aplicativos de redes sociais ou apps de mensageria. No caso, um botão com o logo do banco estará disponível nesses apps para ser acionado a qualquer momento.
A principal vantagem dessa solução para, por exemplo, o pagamento por WhatsApp, está na segurança. O teclado da PayKey utiliza o ambiente de segurança do banco e não do aplicativo no qual está inserido.
Sheila Kagan, CEO da PayKey, defende que há um grande abismo entre a solução de pagamento do WhatsApp e o teclado oferecido por sua companhia. A primeira grande diferença é quanto à segurança, que não está no app de mensageria, mas pertence ao ambiente do banco.
“Com a nossa solução o banco pode conduzir uma transação P2P, durante um bate-papo, bem similar ao que se tem no WhatsApp, mas com uma enorme diferença porque quando se faz uma transação peer-to-peer no WhatsApp, todas as suas informações financeiras passam pelo WhatsApp, por uma plataforma social e de terceiros. Dá para imaginar uma empresa de tecnologia e mídia controlando seus dados financeiros transacionados? Não há nada de bom que possa sair disso. Com o nosso teclado é como se o usuário estivesse fazendo uma transação dentro do banco, com altos níveis de segurança e confiabilidade”, resume a executiva.
A PayKey também oferece transações P2M (Peer-to Merchant em inglês), o que ainda não está liberado para o WhatsApp. Segundo Kagan, é uma ferramenta que poderá ser explorada por pequenos comerciantes e lojistas, que aproveitam para fechar o negócio pelo pelo app de mensageria. “É o mesmo ambiente seguro que uma transação P2P. E nossa solução é única. Não há ninguém que ofereça isso”, garante a CEO. Pelo menos não enquanto o Banco Central não aprovar o WhatsApp de ofertar P2M no Brasil.
Com relação ao modelo de negócios, a PayKey cobra uma taxa por transação para o uso do teclado.
Salário sob demanda
A terceira solução que a PayKey traz para o Brasil chama-se Earned Wage Access (EWA), ou salário sob demanda. Com isso, as instituições podem fornecer acesso instantâneo à renda auferida antes do dia do pagamento, permitindo maior liquidez e resiliência financeira. A solução também é white label de ponta a ponta para os bancos oferecerem aos seus clientes empresariais e não tem efeito nos balanços dos empregadores ou ciclos de folha de pagamento.
Uma terceira ferramenta que a PayKey oferecerá no mercado nacional será a transação pelo teclado dentro de um e-commerce. “A pessoa pode comprar online em um ambiente cuja segurança é provida pelo banco para fazer o pagamento. É uma forma também de se combater as fraudes porque você paga diretamente no ambiente do banco”, explica a CEO.
Atualmente, instituições de diferentes partes do mundo usam as soluções da PayKey. Entre elas estão Banco BTPN, da Indonésia; Davivienda, na Colômbia, Costa Rica, El Salvador e Honduras; ForteBank, do Cazaquistão; Banorte, do México; e Standard Chartered, na Ásia e África.
