O Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz) deverá liberar até 2024 a faixa 3,5 GHz em todos os municípios do País de modo que as operadoras de telecomunicações possam instalar o 5G. Na próxima quarta-feira, 18, o conselho deverá deliberar mais 432 cidades, totalizando 2.456 com a faixa 3,5 GHz disponível para que as operadoras possam implementar a rede de quinta geração móvel. As informações foram compartilhadas por Vinícius Caram, superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da agência, em reunião do Conselho Consultivo nesta terça-feira, 17. Atualmente, 267 cidades contam com rede 5G no Brasil. Nesses municípios, a rede de quinta geração cobre, em média, entre 30% a 40% da população.
“Estamos com o planejamento antecipado, com relação ao edital do 5G em mais de um ano e meio”, disse Caram. “Provavelmente temos uma cobertura que atende cerca de 60 milhões de habitantes”, calculou o superintendente, sem confirmar o número exato.
ERBs
Caram também apresentou alguns números do avanço da rede móvel de quinta geração. Atualmente, são 15.6712 estações radiobase 5G em todo o País, sendo a maioria, 13.168 ERBs, em cidades com mais de 500 mil habitantes. Municípios entre 200 e 500 mil habitantes são 2.052 ERBs.
Velocidade 5G
Em áreas com o 5G implementado, a média de velocidade está acima dos 300 Mbps. “Sabemos, sim, dos gaps de necessidade de infraestrutura e conectividade – sabemos que existem cidades ainda com 3G e 4G deficientes –, mas o projeto da superintendência, o Fust, a redução de ICMS, permitem tapar esses gaps. Temos também conectividade por satélite e estudos de TV 3.0 e tantos outros”.
Superintendente da Anatel, Vinícius Caram em reunião do Conselho Consultivo da agência. Imagem: reprodução de vídeo
Até o momento, o Gaispi distribuiu 1,2 milhão de kits de recepção de TV satelital em banda Ku. A previsão é chegar a 5,5 milhões de kits até o final da implantação do 5G.
