mensageria

Ilustração: Cecília Marins

No País, o famoso “Zap” deixou de ser apenas um aplicativo de mensageria. “WhatsApp é um estilo de vida aqui no Brasil”, avaliou o americano Matthew Idema, vice-presidente de mensageria de negócios da Meta, que esteve no Brasil nesta quinta-feira, 17, no WhatsApp Business Summit, em São Paulo. 

O executivo falou sobre os planos da plataforma de se transformar em um canal de negócios, possibilitando compras fim-a-fim. Ele destacou como empresas, das pequenas às grandes, têm aderido amplamente ao app, devido à preferência de consumidores de se conectarem às marcas por meio do bate-papo. Segundo estudo interno da Meta, 60% das 50 marcas mais valiosas do País estão no WhatsApp.

Guilherme Horn, head do WhatsApp na América Latina, lembrou os investimentos em novos recursos para o comércio. Em 2022, a Meta lançou sua plataforma de negócios na nuvem, criou novas funcionalidades para o envio de mensagens de marketing, aumentou o número de segmentos que podem utilizar o Business, além de fechar parceria com Salesforce e RD Station. “Nós estamos profundamente empenhados em tornar o WhatsApp a melhor maneira de conectar pessoas e empresas”, contou.

Um dos recursos que a Meta introduziu para otimizar cada vez mais a experiência comercial dentro da sua plataforma foi o Click-to-WhatsApp, que permite aos comerciantes colocar um link de direcionamento ao app dentro de anúncios no ecossistema da Meta. Em 2022, ele cresceu mais de 80%, comparado com o ano anterior, gerando receita de US$ 1,5 bilhão, segundo dados internos da Meta.

Para Horn, o que explica a enorme adoção do app por aqui é o fato de que o Brasil é um país conversacional. Ele acredita que a mensageria de negócios está transformando o comportamento dos consumidores e elevando sua expectativa em relação às empresas. “O momento de abraçar o WhatsApp como ferramenta de negócios é agora”, afirmou o executivo.

“A mensageria de negócios humaniza o e-commerce, devolve ao comércio a interação pessoal, que traz confiança e personalização à relação. A mensageria de negócios não é mais uma tendência emergente, ela é uma realidade. É a nova fronteira de transformação digital das empresas de todos os tamanhos”, apontou.

Em conversa com o Mobile Time, Horn disse que o WhatsApp (Android, iOS) não tem planos para se tornar um superapp, apesar de estar expandindo a sua atuação para além da mensageria, que ainda continua sendo sua principal vertical. O WeChat, o famoso superapp chinês, por exemplo, começou como uma plataforma de mensageria e adicionou novas funcionalidades posteriormente.

“É diferente. Estamos muito focados na jornada de compra do usuário. Estamos falando aqui da conexão dos negócios com as pessoas por meio da mensageria, superapp é uma outra coisa. Estamos trazendo hoje para o mercado uma experiência completa. E esse é o nosso foco – melhorar cada vez mais a experiência do usuário, dar cada vez mais ferramentas para as empresas se conectarem com os usuários. Porque acreditamos que essa mensageria de negócios já é a forma como as empresas se conectam com os usuários e é a forma como os usuários querem se conectar com as empresas”, conta Horn.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, participou do evento do WhatsApp no Brasil por meio de uma mensagem em vídeo, em que destacou a adoção do Brasil do WhatsApp como ferramenta de negócios. “Onde quer que você vá no mundo, as pessoas são loucas pelo WhatsApp, mas isso é especialmente verdade aqui no Brasil. A criatividade aqui é realmente inspiradora. Este é um dos únicos países onde ouvi pessoas abrindo contas bancárias, comprando carros e pedindo comida – tudo pelo WhatsApp. O objetivo final aqui é fazer com que você possa encontrar, enviar mensagens e comprar de uma empresa no mesmo bate-papo do WhatsApp”, afirmou.

 

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