A MB Labs, desenvolvedora brasileira de apps móveis nativos, espera dobrar de tamanho em 2019, quando completa cinco anos de fundação. A empresa acumula mais de 50 apps desenvolvidos, tendo participado da produção de vários títulos de renome, como iFood, Spoon Rocket e Vivo Meditação. Com uma equipe de 30 pessoas, a MB Labs espera chegar a 60 no ano que vem e aumentar em pelo menos 100% o seu faturamento, diz Renan Basso, um de seus sócios-fundadores, em entrevista para Mobile Time.
“Temos um supercontrato que fechamos agora em dezembro para o ano que vem inteiro e que prevê a contratação de 15 pessoas. É nosso maior contrato da história”, relata Basso.
A MB Labs cresceu mesmo durante a crise econômica brasileira nos últimos anos. “A cada mês que passa temos um volume maior de trabalho. Nunca retraímos, mesmo na crise. Talvez nosso valor competitivo tenha até ajudado na crise”, comenta o executivo.
A companhia atende tanto a clientes de grande porte quanto a startups, usando metodologia scrum e organização em squads. Sua atuação pode vir desde a fase de conceituação do app até os testes de qualidade, antes do lançamento, além da manutenção posterior.
Maturidade e bots
Segundo Basso, a qualidade dos projetos de apps que chegam até a empresa melhorou muito desde que a MB Labs foi lançada. “Antigamente havia muitos projetos que não tinham tanto valor. Eram apenas por posicionamento e marketing. Hoje os projetos que chegam resolvem algum problema, seja de operação ou de vendas. São mais maduros, robustos. Não existem mais aqueles projetos pequenos”, relata.
A onda dos chatbots tampouco atrapalhou. Embora no começo alguns especialistas internacionais tenham previsto que os bots matariam os apps, não foi isso o que aconteceu. “Assim como o app teve um período em que foi supervalorizado, acho que o bot teve essa mesma onda, um super-hype. Para alguns projetos, especialmente sites complexos, com muitos menus, nos quais é difícil encontrar o que se deseja, o bot cai como uma luva, pois serve como um atalho. Mas substituir o app é praticamente impossível. Por exemplo: acho difícil uma experiência como a do iFood ser apenas bot. É mais prático ter um cardápio visual. É solução antiga que todo mundo conhece. As pessoas querem folhear”, analisa.
Aceleradora
Para o futuro, Basso pensa em começar a acelerar ideias próprias ou de terceiros usando a estrutura e o capital da MB Labs. “Hoje somos uma software house, mas queremos ser também uma aceleradora de projetos. Meu sonho é incentivar minhas ideias com mais força ou acelerar projetos nos quais a gente enxergue que haja possibilidade de sucesso. Um dos problemas de startups é o desenvolvimento de qualidade”, comenta.
A empresa também pretende criar mais hackathons internos, para estimular o surgimento de novos projetos e para manter a equipe motivada.