CardPay é uma fintech inglesa de meios de pagamento com foco no e-commerce. Fundada em 2009, em 2016 obteve licença para operar como parceira das bandeiras Visa e Mastercard e, a partir de 2017, começou sua expansão, a princípio na Europa e, em seguida, na região Ásia-Pacífico. Chegou ao continente americano – Brasil, Estados Unidos e México – em 2019, iniciando sua expansão global, além de ter aberto escritórios em outros países asiáticos. Atualmente está presente em 14 cidades, inclusive em São Paulo. Em 2020, contratou 200 pessoas, passando a marca de mais de 300 colaboradores. Até o final do ano, pretende fazer mais de 40 contratações. Possui um portfólio com milhares de métodos de pagamento alternativos, inclusive carteiras digitais e o protocolo de autenticação para e-commerce 3DS 2.0, que traz mais segurança para a compra, além de uma experiência melhor, inclusive com a possibilidade do uso do cartão de débito. Para imprimir todas essas mudanças, a empresa optou por mudar de nome e, em novembro deste ano, passou a se chamar Unlimint, uma junção das palavras “unlimited” e “internacional”, e tem uma meta ambiciosa: “O objetivo é fazer a expansão, ganhar musculatura e se posicionar como um dos principais players de pagamentos globais no segmento digital”, disse Rodrigo Schemann, diretor de vendas da Unlimint Brazil em entrevista para o Mobile Time. Ao longo dos próximos 12 meses, a fintech investirá milhões de dólares em P&D, novas localidades e novos formatos de pagamento.

Unlimint

Rodrigo Schemann é diretor de vendas da Unlimint Brazil

A Unlimint não atua no mundo físico, não possui máquinas de POS, mas faz todo o trajeto do pagamento, inclusive o split. A fintech captura o pagamento, divide para as bandeiras e bancos emissores, confirma a transação e paga o estabelecimento. Entre os serviços que pretende trazer para o Brasil, a fintech cita as opções de pagamento das carteiras digitais como Apple Pay, Samsung Pay, Android Pay, Google Pay e WhatsApp. “Vamos trazer essas novas experiências para apresentar ao cliente local, aumentando o mix de meios de pagamentos no checkout. É um tremendo diferencial que as empresas locais hoje não oferecem”, diz o executivo, sem dar uma data precisa.

A fintech oferece ao comércio eletrônico opções de pagamento como carteira digital, adquirências, subadquirências, gateway de pagamento, entre outras opções. Schemann explicou em entrevista para Mobile Time que pretende trazer o 3DS 2.0, produto de segurança que mitiga a fraude e permite o pagamento do cartão de débito. “O mercado brasileiro ainda não utiliza muito essa solução, que é disruptiva e mitiga a fraude. “Traz um ganho monstruoso e uma redução de custo para o lojista”, completa o diretor de vendas.

Pix

A partir do primeiro trimestre de 2021, a Unlimint oferecerá, por meio de uma parceria, o Pix. O nome do parceiro Schemann não revela. “Existe toda uma integração técnica que estamos fazendo. O nome é sigiloso, mas é uma empresa que já está habilitada pelo BC”, explica o executivo.

Mercado

Schemann aposta que o comércio eletrônico deve expandir ainda mais no Brasil e que, apesar da pandemia ter acelerado seu crescimento, ele ainda é tímido. “Estamos falando em R$ 1,5 trilhão transacionado no crédito e no débito (no País como um todo). Se tirarmos as companhias aéreas, o volume do e-commerce está entre R$ 150 e R$ 200 bilhões. Temos um oceano azul para navegar porque o e-commerce é muito embrionário no País”, comenta o executivo. Esse foi um dos motivos para abrir um escritório no Brasil. “Tem um potencial de crescimento e oportunidades”, resume.

 

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