Um recorte da pesquisa TIC Domicílios feito por Cetic.br|NIC.br e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade) revelou um aumento sutil de 1 ponto percentual no número de usuários móveis de São Paulo, de 90% para 91% na comparação entre 2019 e 2021. O mesmo aconteceu com o índice de indivíduos que acessaram à web três meses antes da avaliação, que registrou incremento de 82% para 83% do total de paulistanos.
Entre os usuários que acessam à Internet apenas pelos handsets, a análise apontou um incremento de 53% para 57%. Consequentemente, o percentual de pessoas que usam a rede com celular e PC caiu de 46% para 42%. Observa-se que o acesso à web via celular é maior entre os paulistas das classes D e E, uma vez que sete em cada dez usam só o mobile.
Redes e planos
O acesso via Wi-Fi teve alta de 89% em 2019 para 91% em 2021. Nas conexões móveis, o percentual caiu 1 p.p., de 79% para 78%. Aqui, vale informar três fenômenos que impactaram essa mudança:
- A análise ocorreu durante as restrições de deslocamento durante a pandemia do novo coronavírus;
- 85% dos usuários paulistas responderam à TIC Domicílios que a residência é o principal local de acesso à web;
- E o consumidor usa o acesso no Wi-Fi para economizar o pacote de dados móveis em outros locais ou em deslocamento.
Dito isso, o percentual de usuários pré-pagos no estado de São Paulo subiu 6 pontos percentuais, de 59% para 65%. Por sua vez, o pós-pago caiu 7 pontos percentuais, de 40% para 33%. Importante informar que a soma das porcentagens não atinge 100% devido à exclusão da categoria não sabe/não respondeu. Por área socioeconômica, é possível dizer que três em cada quatro usuários das classes D e E usam planos pré-pagos.
Consumo
Dos serviços mais usados pelos paulistas em seus celulares, a mensageria lidera, mas teve queda de 1 ponto percentual, para 84% no biênio. A busca de informações recuou de 74% para 71%. O download de apps também caiu, neste caso, de 62% para 60%. Por sua vez cresceram:
- Acesso a sites, com alta de 16 pontos percentuais, de 61% para 77%;
- Uso de redes sociais, com alta de 7 pontos percentuais, de 69 para 77%;
- E envio e recebimento de e-mails, de 57% para 62%.
A Cetic.br|NIC.br e Fundação Seade creditam o aumento do uso das redes sociais aos momentos de restrição no momento mais crítico da pandemia. Vale dizer, os consumidores que mais consomem serviços em seus celulares são das classes A e B, em todas as modalidades de uso.