A IBM costuma participar de conversas abertas com o governo quando o assunto é tecnologia. Não à toa, a empresa está presente nas discussões sobre a regulação da inteligência artificial, mas também sobre sua aplicação em cibersegurança. A participação da empresa consiste em promover a tecnologia de forma ética para os negócios além de defender uma regulação que não freie sua evolução. Um dos palcos de discussão se encontra na construção da Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), instituída pelo presidente Lula recentemente. Para Fábio Mucci, líder de segurança da IBM Brasil, o governo está no caminho certo e vê “com bons olhos” a esfera federal pensar na inteligência artificial como uma ferramenta importante para a cibersegurança.

Para o executivo, o uso da IA generativa pelo governo é um “caminho sem volta”, com projetos em diferentes esferas federais. A preocupação aqui é que esses movimentos precisam ser consolidados.

A máquina pública tem uma imensidão de dados. A nossa preocupação é que vemos várias iniciativas (do uso da IA): Dataprev, CadÚnico, INSS, mas não vemos um movimento de consolidação. Acho que o uso da IA generativa vai ajudar bastante. Vejo com bons olhos a movimentação política e uma sincronização melhor do governo para que isso aconteça”, opinou Mucci em conversa com jornalistas por videoconferência nesta quinta-feira, 18.

“Estamos presente (nas discussões com o governo) em um contexto de ajuda. O que podemos fazer para tratar e manter a tecnologia em constante evolução, mas sem causar riscos para empresas e para a humanidade como um todo? Conversamos sobre a forma de governança – se a IA acessa dados sigilosos, se tem viés, como criptografar o dado sem interferir nos negócios da empresa e por aí vai”, explicou o líder de segurança da IBM Brasil.

 

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