Finalizado 2015, pude olhar para trás e ver os principais desenvolvimentos do ano. E aqui compartilhar meus conhecimentos para 2016! Acredite, 2016 deve ser um ano memorável para a indústria das telecomunicações.

A ascensão do mercado corporativo como um segmento- chave dentro das telecomunicações

Em 2015 percebemos que um dos principais desenvolvimentos da indústria foi a ascensão do mercado corporativo dentro das telecomunicações. Hoje, as operadoras de telecomunicações são muito mais do que apenas empresas de consumo. Com as PMEs e as grandes empresas públicas e privadas enfrentando uma série de necessidades de TIC cada vez mais complexas, estamos vendo agora uma tendência para as operadoras de avançar para o enterprise business, uma vez que que este segmento está crescendo mais rápido e é mais rentável, mais sustentável e muito mais propenso a parcerias de sucesso, onde as operadoras podem ser, e são, o jogador de liderança natural. 

O papel social crescente das telcos

Apesar de não ter o dom de prever o futuro, vejo muitas incertezas no campo social, político e econômico da Europa, Oriente Médio, África, Estados Unidos, América Latina e em vários países do Sudeste Asiático por razões muito diversas e que não devem cessar em 2016.

A indústria de telecomunicações tem um papel fundamental nas nossas sociedades e isto representa para as operadoras  uma enorme oportunidade de crescimento e (mais importante) para aumentar a sua contribuição no desenvolvimento social, político e econômico. As telecomunicações são o “sangue” da nossa sociedade e, portanto, a indústria precisa abraçar este papel e agir de acordo com a sua responsabilidade. Este é o tipo de desenvolvimento que vejo como o mais importante: as operadoras de telecomunicações estarem no centro da nossa sociedade como uma das principais contribuintes para a estabilidade e desenvolvimento do mundo, ajudando todos a realmente se comunicar melhor.

Além de fusões e aquisições

O número de países onde fusões e aquisições estão ocorrendo é impressionante. Não há um único país que eu tenha visitado em 2015 que não exista rumor sobre algum tipo de fusão e/ou aquisição em atividade. Brasil, China, Egito, México, Espanha, Reino Unido, EUA são uma pequena amostra do que está acontecendo em quase toda parte. E isso não está ajudando a indústria a ser mais inovadora e focada no cliente como deve ser. Muitos CEOs e outros executivos de nível C não estão investindo tanto tempo quanto poderiam para extrair o máximo de suas equipes e recursos de poder criativo para oferecer novas, supreendentes e memoráveis  experiências para seus clientes. Isto se deve em grande parte porque alguns estão preocupados que a empresa pode ser adquirida, e porque sabem que eles vão conseguir um bônus maior se finalizarem uma grande aquisição. Em outros casos é porque eles já estão envolvidos em processos fusões e aquisições, com as armadilhas operacionais iniciais associadas. Corte e eficiências de custo, economias de escala e sinergias podem somente te levar para mais longe.

Ênfase em segurança e prevenção de fraudes

Outra questão chave que deve estar na agenda de 2016 é sobre segurança e fraude, e veremos sem dúvida mais desenvolvimentos nessas áreas. Liberdade e segurança é um equilíbrio difícil de alcançar, mas é fato que as tendências acima referidas também criam enormes oportunidades de irregularidades. Podem as operadoras de telecomunicações se tornarem provedores confiáveis nessas áreas também?

Digitalização, Omni-Channel e IoT em todos os setores

Algumas das principais tendências que podem ganhar impulso em 2016 incluem o crescimento da digitalização dentro de todas as indústrias, a experiência do cliente omni-channel e a Internet das Coisas (IoT). O impressionante é que essas tendências tendem a alavancar a si próprias e criar mais interesse para os consumidores. O que Salim Ismail e Yuri Van Geest descrevem como “organizações exponenciais” no seu recente livro está quase batendo a nossa porta! Quaisquer empresas que abraçarem essas tendências podem esperar crescer em um ritmo significativo.

No entanto, o  importante a entender sobre gestão de uma empresa é que cada grande companhia precisa se comunicar in-store, bem como no telefone, no call center e em todos os canais de mídia social. A comunicação é fundamental, mas certificar-se de que todas estas funcionalidades estejam integradas é um grande desafio para muitas empresas.

Muitos de nós acreditamo que a Internet das Coisas será um tema-chave em 2016, e como a penetração de dispositivos móveis só aumenta, haverá mais pressão sobre as operadoras para competir pela participação no mercado e novos modelos de negócio. A quantidade e a qualidade dos dados a serem gerados, recolhidos e tratados em muitos contextos diferentes pela Internet das Coisas vai perturbar muitos setores e será um divisor de águas.

Nesse ano pode haver também uma grande transformação e perturbação no setor bancário. Na África subsaariana, onde 80% da população não tem acesso a serviços financeiros formais ou semi-formais, o setor de telecomunicações forneceu uma solução inovadora na forma de mobile money para lidar com essa enorme necessidade do mercado. Da mesma forma, eu pessoalmente acho que poderíamos ver o surgimento de um novo tipo de banco para atender às exigências dos mercados financeiramente mais maduros, que não têm fundos suficientes para arriscar comprando ações ou fazer outros investimentos além de uma conta de poupança, mas quem está cansado de manter seu dinheiro em bancos que não confia ou gosta.

Eu sinto que poderia ser uma possibilidade real de que uma proposição fosse criada para atender a essa demanda do consumidor. Vamos então ver as operadoras de telecomunicações inovar mais uma vez, agora em mercados mais maduros financeiramente? Será que vamos ser apresentados a um Telco Bank ou Mobile Bank?

Adotando uma abordagem de Business Assurance

Com estas tendências de negócios disruptivos, combinados com a incerteza no mundo que estamos vivendo, vemos um enorme potencial no que chamamos de Enterprise Business Assurance, que é usar todos os dados internos e externos produzidos dentro e fora do negócio para ser capaz de tomar decisões em tempo real que afetam diretamente sua linha de fundo.

Criar disrupções nos negócios, sem prejudicar a atividade comercial, representa enormes oportunidades. Mas se você estiver criando disrupções nos negócios, você também está aumentando as chances de perder algum dinheiro. Ser capaz de manter o controle de seu negócio dividido, em tempo real, é  fundamental! E isso é fácil e simples de ser implementado! Se você achar isso interessante, já é uma boa maneira de começar o ano.

 

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