O 5G Advanced, também conhecido como o 5.5 G, vai transformar a rede móvel em uma plataforma automatizada e programável, permitindo o lançamento rápido e flexível de novos serviços. Isso será possível com o uso dos rApps — aplicativos desenvolvidos para otimizar e automatizar os processos nas redes de acesso em rádio (RAN).
Essas informações foram apresentadas durante o Fórum de Operadoras Inovadoras, evento anual realizado por Mobile Time e Teletime nesta terça-feira, 18. No painel “Os preparativos para o 5G Advanced no Brasil”, Paulo Bernardocki, diretor de tecnologia e soluções da Ericsson, explicou como a rede 5G Advanced pode se comportar como uma plataforma, dando flexibilidade para a implementação de novos serviços.
“Não é apenas a Ericsson que vai ser capaz de controlar os seus próprios equipamentos. A gente tem apps fornecidos por empresas terceiras, a gente tem apps desenvolvidos por operadores. Isso tudo dá a flexibilidade para que novos serviços sejam implementados”, explicou Bernardocki. As aplicações para controle da rede de rádio são chamadas de rApps.
O 5G Advanced vai proporcionar que as redes operem de forma automatizada, e que se comportem através de algoritmos de inteligência artificial de uma forma orientada por intenção, como economizar o máximo de energia possível. Atualmente, é necessário que se programe orientações para o que a rede deve ou não fazer.
“Tudo poderá ser feito de uma maneira automática, sem que o grupo técnico da operadora tenha que programar manualmente, o que não seria possível ou seria inviável no dia a dia deles. Será tudo feito com algoritmos de inteligência artificial. Os rApps passarão a interagir com a rede de uma maneira dinâmica”, acrescentou.
Dessa forma, não é necessário utilizar um algoritmo previamente definido dentro da estação rádio base, podende ser substituído por rApps.