A Uber confirmou uma nova rodada de demissões globais nesta segunda-feira, 18. Em nota enviada à SEC, órgão norte-americano similar à brasileira CVM, a companhia confirmou que mandou embora mais 3 mil funcionários como parte de um processo de reestruturação. O corte atual deve causar uma despesa entre US$ 175 milhões e US$ 220 milhões, algo que impactará o orçamento do segundo trimestre de 2020.
Se somado aos 3,7 mil postos eliminados no dia 6 de maio, a Uber perdeu 25% de sua força de trabalho em menos de um mês. Com as duas rodadas de demissões deste mês de maio, a empresa espera ter uma redução anual US$ 1 bilhão de custos estruturais. Contudo, a Uber afirmou que as ações não impactarão seus principais negócios.
Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, disse na nota à SEC que a companhia focará o negócio na mobilidade e no delivery. Com isso, a empresa foi remodelada para caber à realidade do mercado. Mais cedo, o Wall Street Journal teve acesso à carta que o executivo enviou a seus funcionários. Nela, Khosrowshahi confirmou que negócios fora do núcleo duro da Uber seriam reavaliados, como frete e carros autônomos, e 45 escritórios da empresa seriam fechados.