A Meta escolheu nesta quarta-feira, 18, quatro organizações da sociedade brasileira para receberem investimentos e desenvolverem projetos e pesquisas externas em prol de um metaverso responsável. São elas: Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio), Institute for Research on Internet and Society (IRIS), Safernet e IP.Rec.
Em seu projeto, o ITS Rio criará um hub de especialistas para enxergar oportunidades e desafios no metaverso na América Latina. O IRIS estudará privacidade e proteção em tecnologias imersivas, a partir das políticas e governanças existentes. A Safernet fará hackathons e workshops sobre segurança de mulheres e crianças em tecnologias imersivas. E a IP.Rec fará uma análise das políticas públicas brasileiras aplicáveis em tecnologias, como realidade aumentada e virtual.
As quatro instituições fazem parte de uma lista de dez organizações globais selecionadas pela Meta para receberem ao todo US$ 50 milhões do programa de investimento XR e dos fundos de pesquisas. As outras instituições escolhidas são:
- C-Minds Eon Resilience Lab, México;
- Fundación Universidad de San Andrés, Argentina;
- Jobs for the Future, Estados Unidos;
- Chuo University, Japão;
- Projeto Rockit e Australian National University, Austrália.
O presidente de assuntos globais da companhia e ex-vice-primeiro ministro britânico, Nick Clegg, escreveu um ensaio no Medium defendendo que o metaverso é uma “evolução lógica da tecnologia” e não é uma “ideia fabricada”. Afirmou ainda que nesta evolução o metaverso não será apenas da Meta, mas também de outras empresas e envolvidos.
Mesmo sendo ampla e plural, Clegg afirma que a ideia do metaverso precisa ganhar a confiança do público e, para isso, devem firmar parcerias com instituições da sociedade civil e universidades: “Estamos fazendo parcerias com universidades (e organizações) do mundo inteiro para analisar tudo, desde oportunidades econômicas até ética e design responsável no metaverso. E estamos investindo em iniciativas para apoiar estudantes, criadores e proprietários de pequenas empresas usando tecnologias de realidade aumentada e virtual”, disse.