Em parceria com a equipe de saúde indígena da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o projeto Missão Covid passa a disponibilizar sua plataforma de atendimento médico a distância para indígenas. O serviço é gratuito e os 1,2 mil médicos voluntários credenciados na ferramenta estarão à disposição dos pacientes neste link.
A consulta é realizada por meio da telemedicina e ligações de vídeo e áudio pelo WhatsApp e, no caso das aldeias, será acompanhada por agentes de saúde locais, quando necessário. Inicialmente, o atendimento será disponibilizado para as aldeias Guarani do Rio de Janeiro e de São Paulo, aldeias Pataxó da Bahia e Fulni-ô de Pernambuco e para os indígenas que moram em contexto urbano em todo o País, que, segundo o Missão Covid está em cerca de 500 mil pessoas.
O acesso, por meio da Internet e da plataforma do Missão Covid, só se tornou possível em parceria com as principais organizações e associações indígenas do Brasil. Segundo o último levantamento realizado pelo Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena, do dia 7 de junho, são 2.523 indígenas infectados, 93 povos atingidos e 240 mortes.
O segmento voltado para o atendimento dos índios do Missão Covid tem o apoio da Fundação Darcy Ribeiro e de Toni Lotar, vice-presidente da fundação, administrador e indigenista.
Missão Covid
A plataforma Missão Covid nasceu no dia 23 de março durante a pandemia do novo coronavírus e conecta gratuitamente médicos voluntários a pessoas com sintomas da doença. O serviço é sem fins lucrativos e já têm 130 mil pacientes, entre já atendidos e agendados, inclusive brasileiros no exterior. Até o momento 15% dos pacientes atendidos foram encaminhados para unidades de saúde. Destes, 55% tinham a hipótese diagnóstica da Covid-19.
Financiamento coletivo
Os médicos envolvidos são voluntários, mas para arcar com os custos da ação, como melhoria da plataforma, seguros, certificações digitais e os gastos com infraestrutura, foi disponibilizado em um link no site da plataforma de crowdfunding Kickante.