Desde o início do distanciamento social, em março, o número de vendas de assinaturas on-line do jornal O Estado de São Paulo quadruplicou. “É um recorde que nunca tínhamos atingido”, disse Luciana Cardoso, diretora de estratégias digitais do jornal, presente na live “O crescimento no consumo de conteúdos digitais durante a pandemia”, promovida por Mobile Time nesta quinta-feira, 18. Cardoso também disse que nesse mesmo período o jornal experimentou picos de audiência de 50%. Mas, apesar do aumento no número de assinantes, o Estadão sofreu com queda na receita de publicidade.
Por sua vez, o aplicativo do Estadão (Android, iOS) teve um aumento entre 25% e 30% no número de usuários ativos por mês (MAUs, na sigla em inglês), além de um crescimento significativo em downloads. “No app as notícias estão mais organizadas e fazemos vários testes nesse ambiente mais fechado. É onde fazemos uma série de experiências e onde lançamos alguns MVPs, relatou Cardoso.
“Traçamos estratégias para nos tornarmos cada vez mais essenciais. Procuramos trazer valor para que a pessoa pese o quanto vale continuar com a assinatura”, completou.
Editorias mais procuradas
O jornal paulista também passou a ofertar uma assinatura anual, que ganhou uma boa receptividade. “Nesse caso, são pessoas que optaram por se programar, se organizar nos pagamentos e não se preocupar com uma parcela mensal”, comentou.
Durante o início do isolamento social, entre março e abril, o Estadão experimentou uma maior procura por informações sobre o novo coronavírus. Com o tempo, e com as pessoas cada vez mais em casa, os assinantes também passaram a ler conteúdos diversificados, como, por exemplo, sobre gastronomia, além de economia, que já era forte antes. “Neste momento, outras editorias estão passando por um crescimento, o público não está mais focado só no coronavírus”, explicou a diretora de estratégias digitais do jornal. “Temos feito também uma série de entrevistas com presidentes de empresas e as pessoas estão interessadas nesse tipo de conteúdo. Estamos falando sobre startups e isso vem despertado um público mais jovem”.
Assistentes de voz
Outro ponto abordado durante o evento virtual foi com relação aos assistentes pessoais virtuais e como eles podem contribuir para uma nova forma de monetização e retenção do leitor. Cardoso explicou que ainda não há um caminho, mas que o Estadão está olhando de perto essas novas maneiras de distribuição de notícia. O jornal já está integrado à Alexa com um pequeno podcast com pílulas de dois minutos de notícias, mas ainda não visualiza uma forma de monetizar o novo recurso.
Lives
A próxima live do Mobile Time será sobre o uso do celular como canal de acesso a crédito durante a pandemia. O evento virtual acontecerá na próxima quinta-feira, 25, e contará com as participações de Alysson Rodrigues, analista de estratégia e experiência digital do Banco do Brasil; Fabio Shibuya, vice-presidente de crédito do RecargaPay; Pablo Brenner, diretor de crescimento e receita do Jeitto; Pedro de Paula, diretor do Mercado Crédito, do Mercado Pago; e Thiago Chueiri, diretor de desenvolvimento de negócios do PayPal.
Para compra de ingressos e mais informações, acesse a página do evento no Sympla o fale com o time de vendas do Mobile Time: [email protected]; 11-96619-5888; 11-3138-4619 (WhatsApp).