A EAF (Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz) continua aguardando uma definição do Governo Federal a respeito da rede móvel privativa a ser implementada no Distrito Federal. A rede é compromisso do edital de 5G, mas cabe ao governo definir o modelo de rede a ser executado.
Existem dois modelos previstos pelo edital: construção de uma rede totalmente nova ou a criação de uma rede core, ou seja, uma rede central desenvolvida pela EAF, mas com o compartilhamento das redes abertas das operadoras, ou RAN Sharing.
“Devemos ter essa definição em breve”, disse Leandro Guerra, CEO da EAF em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 18.
No caso da rede móvel, Vinícius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação da Anatel e secretário do Gaisp, explicou que existe um consenso de a EAF iniciar os trabalhos com a construção da comunicação crítica de governo, ou seja, garantir a interoperabilidade dos sistemas de rede entre órgãos e forças de segurança.
“Este é o primeiro passo. O nosso papel é discutir com a Esplanada e com as forças que ter uma plataforma de comunicação crítica é o passo inicial. E o segundo passo é a plataforma de RAN sharing”, explicou Caram.
A rede fixa
Além da rede móvel em Brasília, existe ainda a rede fixa de fibra ótica que vai conectar as 27 capitais e os prédios governamentais. Neste caso, a EAF acabou de finalizar a lista dos prédios a serem conectados. Ao todo serão 6,5 mil pontos de atendimento.
“Talvez na próxima reunião a gente tenha uma deliberação da rede fixa”, disse Guerra.
O superintendente da Anatel disse também que EAF e Governo estudam neste momento a chave criptográfica a ser usada na rede privativa fixa.