O segmento de distribuidores e atacadistas está se modernizando rapidamente no Brasil com a ajuda de soluções móveis para o gerenciamento das entregas e das vendas. Uma das fornecedoras especializadas nessa vertical, a Máxima Sistemas tem atualmente mais de 900 empresas como clientes que somam 26 mil funcionários utilizando apps móveis da companhia. Um ano atrás, eram 780 empresas e 24 mil usuários. A base vem crescendo a uma velocidade média de 12 a 15 novas empresas por mês, o que deve fazer com que a Máxima supere a marca de 1 mil até o fim do ano, prevê seu fundador e CEO, Wagner Patrus. Segundo o executivo, 35% das empresas no ranking dos 500 maiores atacadistas do Brasil utilizam soluções móveis da Máxima. Muitas delas são usuáris do sistema de ERP da Totvs, criado originalmente por uma empresa fundada por Patrus e vendida em 2013 para a gigante de TI nacional.
A receita também tem avançado, embora venha desacelerando por causa da crise. O ritmo de crescimento era da ordem de 40% ao ano até 2015. Para 2016, a projeção é crescer 23%, chegando a R$ 18 milhões de faturamento bruto.
Em seu portfólio de produtos, o carro-chefe é a solução para tomada de pedidos pelos distribuidores em campo. "O distribuidor tem equipe grande de representantes e vendedores diretos que requerem essa automação para ganharem agilidade", comenta Patrus. Há ainda módulos adicionais, como catálogo digital (em que os produtos são exibidos na tela de um tablet) e uma solução de pronta-entrega, em que o o próprio motorista fecha o pedido, emite a nota fiscal e entrega o produto no ato. Na área de logística, conta ainda com serviços de rastreamento de veículos e o recém-lançado rastreamento de entregas, em que o app traça a rota para o motorista e fornece todos os dados necessários para a tarefa, além de realizar o check-in na chegada e coletar informações sobre devoluções e avarias, tudo através do smartphone. O acompanhamento dos motoristas, representantes de vendas e veículos é todo feito em um painel na web pelos gestores.
O desenvolvimento dos produtos é realizado internamente, pela própria Máxima. Todos os produtos são de prateleira, mas com flexibilidade de configuração. A Máxima vende a licença de uso, mas cobra separado por implementação, treinamento, manutenção e suporte mensal.
Segundo Patrus, a vertical mais avançada na adoção de soluções de mobilidade é a de secos e molhados. "O motivo principal é por ser um segmento muito dinâmico. O supermercadista chama entre oito e dez atacadistas da região e faz leilão de produtos. O vencedor precisa de agilidade muito grande para captar o pedido e entregar a tempo", relata. Os setores de cosméticos, medicamentos, higiene e material de construção também são clientes tradicionais de soluções móveis, conta.