A Iniciativa 5G Brasil, consórcio que reúne 320 provedores de Internet do interior do País interessados em participar em conjunto do leilão de quinta geração, enviou nesta quarta-feira, 18, uma requisição de cotação (RFQ, na sigla em inglês) e uma requisição de informação (RFI) para dez fornecedores de equipamentos de rede: Airspan, Baicells, Ericsson, Huawei, Mavenir, Mitsubishi, NEC, Nokia, Paralell Wireless e ZTE. A expectativa é ter as respostas até o começo de setembro, para poder planejar melhor os custos de implementação. Neste projeto, os ISPs estão sendo assessorados pelo Inatel, conforme antecipado por Mobile Time, e por uma consultoria internacional.
Os provedores pediram cotações para cobertura nacional nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz, além de um core preparado também para 26 GHz, e levam em conta as obrigações previstas no edital. A preferência da Iniciativa Brasil 5G é por uma arquitetura open RAN, revela o seu diretor executivo, Rudinei Carlos Gerhart, em conversa com Mobile Time. O consórcio analisa a possibilidade de dividir a rede por regiões, para trabalhar com mais de um fornecedor.
O levantamento dos preços ajudará a Iniciativa 5G Brasil a calcular o custo de implementação de sua rede neutra. Paralelamente, o grupo busca um fundo de investimento para levantar capital nessa empreitada. Algumas conversas estão em andamento, mas nada fechado por enquanto, informa o diretor executivo.
Obrigações
A Iniciativa 5G Brasil pretende antecipar muitas das metas previstas no edital, justamente porque seus participantes já estão presentes em cidades do interior. No caso da faixa de 700 MHz, por exemplo, pretende concluir em 2026 obrigações previstas para 2029.
“Por exemplo, em Corumbá/MS, na fronteira com a Bolivia, temos provedor que atende a 10 municípios. Aos olhos do edital, eles seriam atendidos em 2026, mas esse provedor quer levar o 5G para lá imediatamente depois do leilão. Por questão mercadológica vamos conseguir antecipar muitas metas. Há também o caso de um provedor em Macapá/AP que é o único que chega no Oiapoque/AP. Há vários outros exemplos assim no nosso grupo”, descreve Gerhart.