A ficha das operadoras caiu. Elas não podem mais pensar com a mesma cabeça de dez anos atrás, quando bastava implementar uma rede de telefonia móvel e vender celulares com SIMcards para fazer dinheiro. O recado foi dado pelo diretor de tecnologia da informação da operadora norte-americana Verizon, Roger Gurnani, durante o 4G/5G Summit, em Hong Kong, nesta terça-feira, 18.

"No passado, as inovações eram provenientes da física. Agora é o software que acelera a inovação e provoca disrupções. Mudamos de uma indústria centrada em hardware para uma indústria centrada em software", disse o executivo. E prosseguiu: "Não fazemos mais redes, mas ecossistemas digitais. Temos que conversar com desenvolvedores de soluções, mais do que com fabricantes de celulares. Temos que falar com reguladores, com gestores de cidades, com agências, com empresas, com múltiplas indústrias."

Nesse processo de construção de ecossistemas digitais, é fundamental que cada operadora disponibilize APIs para que terceiros tenham acesso aos seus sistemas. É o que faz a Verizon. "Precisamos ser ágeis e flexíveis, por isso oferecemos APIs abertas", contou.

Essa transformação está diretamente relacionada com o avanço no consumo de dados pelas redes móveis. A Verizon trafega hoje em uma hora o mesmo volume de dados que registrava em uma semana dez anos atrás, comparou o executivo.

5G

A Verizon vem realizando testes preparatórios para o 5G. Gurnani prevê que a quinta geração de telefonia celular servirá para aplicações de conteúdo imersivo (realidade virtual, realidade aumentada, vídeo em 4K); de baixa latência (carros autônomos, drones, telemedicina); e de Internet das Coisas para soluções de missão crítica em cidades inteligentes.

 

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