O presidente da Telelefônica Vivo, Amos Genish, comentou em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 17, o momento crítico de queda de receitas de voz das operadoras de telefonia. Segundo ele, mesmo com a receita dos dados compensando, o total de receitas fica estável, mas, com a diferença de inflação, acaba tendo um impacto negativo nas contas da empresa. "Em termos reais, perdemos bilhões em receita a cada ano no setor."

Na opinião do executivo, em cinco anos "as operadoras no mundo todo terão dificuldades de cobrar (telefonia) por minutos", e a saída seria adotar uma tarifa só por todos os serviços convergentes. "Acima disso, precisamos criar nova fonte de receita baseada em inovações para permitir que haja tendência mais positiva", ressalta.

Big data

A estratégia de transformação digital inclui o uso de big data para impulsionar os negócios. A Vivo acredita ter um "tesouro" de informações de usuários que as over-the-tops (OTTs) não têm, além do relacionamento direto com o cliente por meio da conta ou do billing pré-pago. "Temos ARPU, mobilidade, experiência de rede, dados sócio-demográficos, atendimento, rede social e mais para entender e ter visão 360 graus do nosso cliente", destaca. Com isso, o presidente da operadora diz ter aumentado o setor de data analytics em 18x, com plano de aumentar 25x até 2019, e o número de especialistas em big data aumentou de dois para 40, prevendo chegar a 65 no final do período.

 

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