O WhatsApp informa que baniu centenas de milhares de contas durante as eleições brasileiras. “Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica contas com comportamento anormal ou automatizado, para que não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação”, diz comunicado enviado pela companhia.
O posicionamento do WhatsApp é uma resposta à denúncia publicada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira, 19, de que empresas teriam contratado agências de marketing digital para o envio de mensagens eleitorais através do WhatsApp. A prática fere os termos de serviço do próprio WhatsApp, que limita a comercialização de disparos em massa a parceiros homologados e exige que se tenha opt-in, ou seja, proíbe o spam. Além disso, o apoio financeiro de empresas a campanhas eleitorais é crime no Brasil.
Vale lembrar que o WhatsApp limita a 256 participantes por grupo e recentemente restringiu a 20 contatos o encaminhamento de mensagens – na Índia, o limite é de cinco, em razão de ocorrências de linchamentos nas ruas em razão de notícias falsas espalhadas pelo mensageiro.
Aparentemente, as empresas denunciadas pela matéria da Folha de São Paulo trabalham dentro desses limites, utilizando soluções que geram automaticamente múltiplos números telefônicos para o disparo de mensagens em massa.
De acordo com a mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel, 97% dos internautas brasileiros com smartphone possuem o WhatsApp instalado, contra 73% que possuem o Facebook Messenger e 15%, o Telegram. Além disso, 98% dos usuários de WhatsApp no Brasil abrem o app diariamente ou quase todo dia.